Boletim Unicap

Ex-aluna de Turismo conta como foi o terremoto na Nova Zelândia

A ex-aluna do curso de Turismo da Universidade Católica de Pernambuco e funcionária da Embratur Amalina Andrade enviou email para a Assessoria de Comunicação da Unicap contando como foi o terremoto que devastou a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, onde havia chegado há três semanas para dar início ao Mestrado em Gestão do Turismo na  Lincoln University. Ela e o marido, Francisco Gileno de Oliveira Junior, estão agora em Wellington. Ela vai tentar transferir o seu curso para a Ilha Norte. Caso não consiga, voltará para o Brasil.

Por sorte, o primeiro tremor aconteceu quando eles estavam na rua (Riccarton Road), em frente à Saint James Church. Eles se abaixaram e ficaram 1 minuto no chão. “Olhamos ao redor e não havia prédio ou nenhuma construção grande perto que pudesse cair em cima da gente”, relata Amalina. Mas a 300 metros de onde estavam tinha muita fumaça. “Estávamos muito perto da pousada onde ficamos hospedados. Até então, estávamos tranquilos, mas quando já estávamos quase na frente da pousada teve o segundo tremor. O que nos assustou muito”, diz ela. Amalina conta que várias pessoas ficaram na rua chocadas sem saber o que fazer por um tempo. Depois, teve o terceiro tremor. “Aí entramos em desespero. Estava frio, chovia um pouco e não sabíamos mais o que fazer nem onde nos abrigar”, descreve. Ela prossegue dizendo que “todos que estavam na pousada resolveram, então,ficar na frente da recepção sentados esperando os próximos abalos. Até então não tínhamos ideia de que isso ia continuar acontecendo”.

No email, Amalina relata que, a partir daí, foi o caos. “Faltou água, várias janelas se quebraram, os quartos estavam bagunçados com nossas coisas no chão. Víamos a TV e o centro estava completamente destruído com pessoas gravemente feridas, muita gente desabrigada sendo levada para o Hagley Park, onde montaram um abrigo que está recebendo suprimentos da força aérea e do exército constatemente. A noite toda não dormimos direito porque acordávamos com os tremores e tínhamos que sair correndo do quarto para evitar sofrermos ferimentos”.

A ex-aluna de Turismo da Católica diz que “foi muita sorte nossa não estarmos no centro no momento do terremoto porque havíamos visitado várias escolas que oferecem curso de inglês naquela manhã para que meu marido pudesse estudar. A maioria delas fica no centro e em prédios antigos. Por sorte, tínhamos marcado de visitar às 11h um apartamento para alugar no bairro de Riccarton”.

Amalina é especialista em Turismo e Desenvolvimento Econômico pela Universidade de Brasília e, atualmente, é técnica de nível superior em turismo do Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur. Tem experiência na área de Turismo, com ênfase em Turismo, atuando principalmente nos seguintes temas: turismo com responsabilidade social, pessoa com deficiência, turismo cívico, esportes, eventos e promoção internacional do Brasil.

Este foi o segundo terremoto a atingir Christchurch, cidade de 350 mil habitantes, em apenas cinco meses. Mas, desta vez, a destruição causada pelo tremor foi muito maior que a ocorrida em setembro. O pior terremoto da Nova Zelândia foi registrado em 1931, na baía de Hawke. Ao menos 256 pessoas morreram.

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