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Escritor Rostand Paraíso faz palestra para alunos de Jornalismo

Num tom saudosista, o médico e escritor Rostand Paraíso conversou sexta-feira (17) com alunos da disciplina de Antropologia das Sociedades Contemporâneas do curso de Jornalismo da Católica, ministrada pela professora Vera Borges. O tema da palestra foi a cidade do Recife.

Aos 80 anos, o médico cardiologista é um grande conhecedor da capital pernambucana.  Ocupando a cadeira 14 da Academia Pernambucana de Letras, ele fez uma retrospectiva de sua vida e falou sobre suas experiências  contadas em 14 livros, a maioria deles a respeito da cidade do Recife. A boemia dos cafés, histórias de intelectuais, a colônia inglesa no Recife e a Segunda Guerra Mundial são alguns dos temas abordados nas obras do escritor. Ele afirma que hoje não há mais aquela boemia tão presente como havia nas décadas de 40 e 50 e que, em nome do progresso, muitas construções importantes do Recife foram demolidas. “Muita coisa foi destruída sem necessidade. Um exemplo disso são as ruazinhas do bairro de São José, as Igrejas, mas mesmo assim, o Recife tem sua beleza”.

Apaixonado por histórias em quadrinhos desde pequeno, Rostand Paraíso é um grande colecionador de gibis das décadas de 1920 a 1970.  Ele acredita que não existem mais grandes histórias como antigamente e também os desenhos não são tão artísticos. “Hoje tudo é feito por computadores, só existe histórias com super-heróis. Para mim, esses quadrinhos perderam a graça”.

Houve uma sessão de perguntas feitas para o autor e, ao final, foram sorteados exemplares de algumas de suas obras.

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