Dignidade da Pessoa Idosa é tema do Fórum Sobre Envelhecimento
|A Dignidade da Pessoa Idosa Diante das Novas Gerações foi o tema discutido na tarde desta terça-feira (10), no auditório G1, durante o Fórum Sobre Questões do Envelhecimento. O professor do curso de Fonoaudiologia da Católica, Paulo Marcelo de Freitas, e a economista e consultora Tania Bacelar foram os palestrantes. Ambos destacaram as perspectivas sociais para o futuro e como aqueles com mais de 60 anos devem se inserir neste contexto.
O professor Paulo foi o primeiro a falar. Ele destacou as novidades que poderão trazer grandes mudanças para a humanidade. Uma delas seria a invenção do Leitor de Memórias, que teria a capacidade de identificar possíveis falhas de caráter. “Alguém que mentisse seria facilmente flagrado”, explicou Paulo ao mencionar uma outra novidade tecnológica: as alterações genéticas nos genes do comportamento. “Melhoramentos no gene FOXP2, responsável pelo desenvolvimento da linguagem, podem trazer grandes mudanças”.
Diante de tais perspectivas, o professor Paulo defendeu a educação continuada. “Informação é tudo, organização, empoderamento social e isso depende do coletivo. Temos que aumentar o PIB do país. Não falo da economia, falo do Partido dos Idosos do Brasil!”, disse o professor ao som das risadas de quem estava no auditório.
Logo depois, a economista Tania Bacelar falou sobre as atuais mudanças pela humanidade neste início de século. Ela começou abordando o contexto mundial da transição do modelo eletromecânico para o da microeletrônica. “Este último tem o atributo da flexibilidade para fazer as coisas de uma forma melhor. Quando errávamos na máquina de escrever, perdíamos a página inteira. Agora, com o computador, é só corrigir a palavra e seguir em frente”.
Outra transição destacada por Tania é a da matriz energética. A troca do petróleo pelas fontes renováveis. “Os chineses e alemães estão produzindo cada vez mais placas de energia de solar, sem contar com os equipamentos eólicos”.
Tania também falou das mudanças na agricultura. “No século XX a química era bastante usada através de fertilizantes e agrotóxicos. Agora é a genética quem está contribuindo para o crescimento da produção e esse modelo já está sendo superado pela agroecologia, que se utiliza da Biologia na produção de orgânicos”.
A economista encerrou a sua explanação falando sobre o convício com as novas gerações. “O grande desafio é estar aberto às novas tecnologias e à formação continuada. Temos que ser humildes e aprender com os mais jovens”.