Boletim Unicap

Destaques do 2º dia da Jornada de Iniciação Científica

 

Por Isadora Crespo, Larissa Vasconcelos e Luiza Fruet

Ansiedade, nervosismo e aquele friozinho na barriga é o que todo aluno sente antes de apresentar o seu projeto de pesquisa para várias pessoas. A 19ª Jornada de Iniciação Científica, que teve início no dia 17, contou com a participação de mais de 300 bolsistas e voluntários do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). Durante o 2º dia de apresentação, os futuros pesquisadores dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo e Engenharia Química apresentaram seus projetos e receberam um feedback da banca de professores. 

 

O auditório Dom Helder Camara foi ocupado pela turma de Arquitetura e Urbanismo. O projeto da aluna do 8º período Aline Silva Mendes teve como tema o Edifício Anexo do Colégio Nóbrega projetado por Delfim Amorim, um arquiteto importante para o modernismo pernambucano: “O objetivo da minha pesquisa é analisar esse edifício, documentar e fazer a divulgação para mostrar o devido reconhecimento”. Durante a produção da pesquisa, Aline precisou visitar órgãos públicos em busca de documentos para contextualizar o prédio e o arquivo público estadual para encontrar jornais da época e plantas, além de realizar um levantamento fotográfico para analisar a situação atual e as alterações ocorridas. A estudante afirma que aprendeu muito e que ela trabalhou justamente com o que mais gosta na  história da arquitetura, o modernismo.  

 

Luana Maria de Souza foi outra aluna que apresentou seu projeto de pesquisa orientado pelo professor Arthur Baptista, como foco na acessibilidade das calçadas nos pontos de ônibus, usando como base três rotas: Conde da Boa Vista, Príncipe e Suassuna até a Universidade Católica de Pernambuco. O objetivo do trabalho de Luana é “fazer melhorias com acessibilidade efetiva, uma teoria do meu orientador, onde você constrói indicadores e analisa toda aquela área de acordo com segmentos.”. Através dessa teoria, é possível identificar onde se encontram os maiores problemas para cada tipo de sistema cessante que seria uma pessoa, um cego e um deficiente.

 

As apresentações do Centro de Ciências Sociais (CCS) ocorreram na sala 510 do Bloco A, e trataram de diversos assuntos, desde Indústrias Criativas até a diversidade religiosa e sua ligação com os direitos humanos na cidade do Recife.

 

A aluna de Jornalismo Rafaela Burity (que teve como orientador o Prof. Dr. Dario Brito), falou sobre os sentidos compartilhados no processo de inovação no Porto Digital e a importância da teoria da representação social. Foi a sua primeira vez apresentando na Jornada, mas os membros da banca elogiaram a sua segurança no que estava sendo apresentado. “É uma realização individual muito grande você dar início ao projeto do início ao fim. O fato de ter que ir correr atrás de levantamentos bibliográficos, fazer análises, tirar suas próprias conclusões… me enriqueceu muito na vida acadêmica e pessoal também”, frisou Rafaela.

No Centro de Ciências e Tecnologia, as palestras das 15h se ficaram por conta do curso de Engenharia Química, na sala 804 do Bloco G, e trabalharam com enfoques variados, desde softwares até o desenvolvimento de biossurfactantes para caso de vazamento de petróleo. Duas das alunas que apresentaram foram Gilderlaine Souza De Lima e Renata Samara Rodrigues, que mesmo sendo do mesmo curso tiveram projetos com enfoques completamente diferentes, uma na área da biorremediação e a outra na área de simulação em software. “Eu já tinha participado de outros projetos de pesquisa, mas nada muito oficial, só observando, anotando… Essa foi minha primeira vez apresentando um Pibic mesmo”, diz Samara, cujo projeto abordava a simulação de um ciclone para obtenção de dados. “Foi um grande desafio, mas finalizar esse projeto, pra mim, foi extremamente realizador.”

 

Já para Ivson Amaro da Silva, aluno da Licenciatura em Química, cujo projeto aborda o desenvolvimento de um biossurfactante que separasse o petróleo da água, a experiência de apresentar os resultados de uma pesquisa não é nova, sendo essa a terceira e última vez na qual ele participa da Jornada. “Foi uma experiência muito boa, muito enriquecedora, porque a gente aprende a trabalhar em grupo, aprende a desenvolver muitas das teorias que a gente vê em sala de aula na prática. Eu acho que o Pibic acaba sendo o nosso primeiro contato de fato com a indústria, além de contar muito para o currículo”, destaca.

 

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