Boletim Unicap

Debate sobre internet encerra a 34ª Semana de Filosofia da Católica

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Da esquerda para a direita: José Tadeu, Leandro Reis, João Evangelista, Roberto Markeson, Felipe Xavier e Rebeca Rabelo

Com apresentação da MPB Unicap, que tocou sucessos de Luiz Gonzaga, João do Vale e Alceu Valença, chegou ao fim, pelo menos a edição deste ano, da 34ª Semana de Filosofia. Com apoio do Instituto Humanitas e homenageando os 70 anos da Universidade Católica de Pernambuco, o auditório do bloco B recebeu uma mesa-redonda, com debate sobre o meio de comunicação de massa do momento, a internet, e críticas sobre as formulações antropológicas do pensamento ocidental. Na mesa, os professores da Unicap José Tadeu e João Evangelista, além do também professor e convidado, Roberto Markeson. Os alunos também se fizeram presente no debate, representados por Felipe Xavier, Rebeca Rabelo e Leandro Reis.

João pensou a internet filosoficamente, a partir do livro Dialética do Esclarecimento, dos filósofos Theodor Adorno e Max Horkheimer, os primeiros a pensar na indústria cultural, nos meios de comunicação de massa. “O fundamento teórico dos dois é a teoria crítica que se renova a cada momento, compreendendo a verdade como história e acompanhando o seu tempo. É quase que uma exigência então, como renovação filosófica, analisar esse novo meio de comunicação de massa”, ressaltou. “A questão central do meu debate vai ser esse caráter dúbio da internet. Será que ela também é, como os outros meios, um instrumento de controle das massas ou será, então, uma tentativa de emancipação, onde o espectador também pode ser emissor?”, indagou.

MPB Unicap com Percy Marques e Surama Rheis

Figura carimbada em praticamente todas as conferências noturnas, José abordou a concepção levinasiana de antropologia. “Levinais (Emmanuel Levinais, filósofo francês) mostra que o humanismo, que vem desde o mundo grego, padece de um de mal radical, que é não ter atentado para o fato de que as teorias elaboradas sobre o homem não garantem a efetividade do ser quanto humano”, frisou. “O humanismo então passa a ser uma teoria sobre os homens, mas que não garante a afirmação, digamos assim, da humanidade do ser vivo e a sua expressão nas várias instituições, como na educação, cultura e história”, explicou. Tadeu ainda concluiu que “a preocupação do filósofo é garantir que os serem humanos sejas o pólos articuladores dos sentidos possíveis e das teorias, não apenas um conceito abstrato ou uma formulação teórica específica”.

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