Curso de História e Instituto Humanitas promovem lançamento de livro
|O Palácio da Soledade, na Boa Vista, foi palco na tarde desta quarta-feira (14) do lançamento do livro “Trajetória de um jesuíta – do Seridó a Roma”, escrito pelo sociólogo Everaldo Dinoá Medeiros. O livro conta a história do Padre Sebastião de Medeiros, nascido no Sertão nordestino e que foi figura importante na vida religiosa de Pernambuco. O evento foi promovido pelo Instituto Humanitas da Unicap e pela coordenação do Curso de História.
O autor, que é sobrinho-neto do Padre Medeiros, realizou consultas em arquivos do Brasil e da Europa ao longo de cinco anos. Everaldo disse que o interesse pelo Padre surgiu porque a história desse personagem já estava gerando lendas, então ele decidiu pesquisar o assunto para escrever o que era real. O Padre chegou a substituir Dom Vital na diocese de Olinda aos 27 anos, quando da prisão deste em 1872.
Padre Sebastião Medeiros viveu num momento em que a Igreja Católica no Brasil passava por uma crise com o império. As resoluções papais só passariam a valer após a aprovação do imperador. Em 1872 o Bispo de Olinda, Dom Vital, quis colocar em prática a bula Syllabus, do Papa Pio IX, que não tinha a aprovação do rei. O documento proibia as relações entre maçons e católicos, o que era comum na igreja daquele período. O ato de rebeldia rendeu ao bispo a prisão dele e o envio para o Rio de Janeiro.
O lugar escolhido para o lançamento do livro é de importância fundamental nesse episódio. O Bispo de Olinda residia no Palácio da Soledade na época. Conta a história que Dom Vital estava paramentado com a mitra (adorno de cabeça usado pelos bispos) e o báculo (cajado que representa o pastoreio), quando foi preso no palácio. O Padre Lúcio Flávio lembrou esse acontecimento na apresentação do encontro de ontem.
O evento teve a participação do estudante jesuíta Paulo Aírton, que apresentou um vídeo sobre a ordem, mostrando momentos da vida de São Francisco Xavier e as atividades desenvolvidas pela Companhia de Jesus em todo o mundo.
Conheço Everaldo Dinoá Medeiros desde a década de 60. Bom funcionário do IBRA, excelente pessoa. Quando fui assumir outra função, indiquei ele para me substituir (escolha entre uns 30 funcionários do Órgão. Acompanhei a vida funcionalo dele na Receita Federal.
Somos correligionários, de Patos, conheci seus irmãos Solon e Ambrósio. Tudo gente boa.
Gostaria de saber o telefone dele.
Wilame Jansen.