Congresso Educação Jesuíta promoveu palestra com foco na pedagogia
|Com Colaboração de Rafaella Coelho
A Palestra Geral Eixo IV – Pedagógico teve como título nessa quinta-feira (14), a Educação Jesuíta: Tradição Jesuíta rumo às novas fronteiras. Com coordenação do Diretor do Centro Pedagógico Pedro Arrupe (Rio de Janeiro) Lula Boing, a conversa teve como palestrante a Diretora Geral do Colégio Loyola (Jesuítas Belo Horizonte) Sonia Magalhães. Também esteve presente à mesa a professora Zélia Correia, diretora do Liceu Nóbrega; e Lucimary Boaventura – coordenadora de Fé e Alegria Montes Claros (Minas Gerais).
Sonia Magalhães começou a palestra falando que no âmbito da educação nos afastamos nessas últimas décadas dos discursos e práticas por causa dos vários desafios e por ‘comodismo’. Fazendo relação ao tema da conversa, a diretora explicou que “fonteira é algo que tememos ultrapassar, mas também nos aproxima do outro”.
De acordo com Sônia, é preciso ser capaz de reconhecer a singularidade de cada um e ajudar. “O homem tem que ser diferente do outro, mas essa diferença tem que ser notada”.
Durante a palestra, Sonia Magalhães também mencionou a organização curricular, o ‘conteudismo’ (excesso de informações), a intenção do trabalho pedagógico que é realizado nas instituições, a organização e a relação de poder entre quem sabe e quem não sabe (professor X aluno). “Qualquer profissional precisa se preocupar com a sua formação. Não há formação que dá conta da falta de vontade”, concluiu.
Plenária desta quinta-feira
A plenária do terceiro dia do Congresso Brasileiro de Educação Jesuítica teve início às 16h40 desta quarta-feira (14). O momento é destinado à discussão dos trabalhos apresentados anteriormente pelos congressistas em sala de aula. A mesa do dia foi composta pelo Diretor do Centro Pedagógico Pedro Arrupe do Rio de Janeiro, Luiz Alberto Boing; a Diretora Geral do Colégio Loyola Jesuítas de Belo Horizonte, Profa. Dra. Sônia Maria Vasconcellos de Magalhães; a Coordenadora do Colégio Liceu Nóbrega, Zélia Correia e pela Coordenadora do Fé e Alegria de Montes Claros (Minas Gerais), Lucimary Boaventura.
Boaventura contou um pouco sobre o projeto e o funcionamento dele em Minas Gerais. Iniciado em 2003, o Fé e Alegria de Montes Claros atende crianças, jovens e adultos. De acordo com ela, “a premissa de que o jesuíta é o homem da inquietação está sempre presente nos trabalhos realizados com a comunidade. Além de que sempre procuramos ouvir o retorno das pessoas para saber o que elas acham dos nossos serviços, o que esperam e precisam”, afirma.
Posteriormente, com a palavra, Zélia Correia contextualizou os presentes com um pouco da história do Liceu, apresentado por ela como “uma célula da Universidade Católica de Pernambuco”, e falou ainda sobre o projeto de transformá-lo na Escola de Aplicações Liceu Nóbrega. O objetivo é criar uma escola referência, na qual os alunos teriam um ensino mais sistematizado e a realização de atividades em horário integral, desde o ensino fundamental. Segundo Correia, “quando eles se deparam com essa realidade apenas no ensino médio, há um estranhamento. Dessa forma, há a necessidade de começarmos cedo e adaptar os alunos”, conclui.
Por sua vez, Sônia Magalhães apontou a importância da integração das instituições de ensino das congregações jesuítas, comentou a importância do direcionamento pedagógico ao mercado de trabalho e apresentou um power point com várias indagações e questionamentos para os presentes. Por fim, foi aberto o espaço para perguntas, coordenado por Luiz Boing.