Curso sobre Mobilidade Sustentável aponta soluções para caos no trânsito da RMR
|Contando com uma boa presença de alunos, começou nesta terça feira (11) o curso de extensão sobre Mobilidade Sustentável no Recife e na RMR, com a coordenação da professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco e diretora do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Amélia Reynaldo. O curso tem como objetivo debater questões a respeito de como o Recife se tornou uma cidade com tantos problemas de trânsito, além de apontar soluções para diminuir o caos diário.
Na primeira aula, a professora Amélia discutiu quatro temas com os alunos: traçado e circulação do transporte; modelo de crescimento urbano; modelo de ocupação do solo urbano; e sistema de suporte urbano. Ela também trouxe à tona uma importante reflexão: “A discussão sobre o transporte público de qualidade está presente em todos os lugares, mas será que só a melhoria do sistema público é suficiente?”. A professora mostrou alguns exemplos de transportes públicos já utilizados pelos recifenses, desde a tração animal até os trens.
“Nossa função como educadores é capacitar os profissionais que entrarão no mercado de trabalho e também os que já estão nele”, enfatizou Amélia Reynaldo. A professora fez uma viagem no tempo e mostrou que os problemas em relação aos transportes não sugiram do dia para a noite. “Já em 1939 os bondes não davam conta da demanda e, no final dos anos 1950, eles foram extintos”, completou.
O aumento do número de habitantes no Recife foi objeto de estudo de Edgar D´Amorim, engenheiro que contribuiu muito para as construções da cidade. “Com o aumento da densidade demográfica, teria que se aumentar as áreas livres”, disse em 1953. “A frase de Edgar é muito importante, mas mesmo depois de 60 anos isso não foi praticado”, disse Amélia.
O consultor na área de transportes Germano Travassos também ministrará aulas durante o curso. “A mobilidade afeta todos, afeta o direito de ir e vir da população. Nosso objetivo aqui é abordar como nós chegamos a esse ponto e quais as saídas para conter o problema”, destacou.