Cine-filosofia exibe o filme Koyaanisqatsi
|O Cine-filosofia exibiu ontem (3) o filme Koyaanisqatsi que, na língua Hopi, quer dizer “vida desequilibrada” ou “vida louca”, dirigido por Godfrey Reggio e produzido por Francis Ford Coppola em 1983, com música do compositor Philip Glass. O título vem de uma língua da tribo indígena Hopi, que são índios norte-americanos, do Arizona. No final do vídeo são mostradas três profecias desse povo.
“O filme contrasta a tranquila beleza da natureza com o frenesi da sociedade urbana contemporânea, reunindo imagens de tirar o fôlego e uma premiada trilha sonora”, diz a sinopse do filme. O evento ocorreu no auditório do CTCH, no 1º andar do bloco B, às 18h30. Após o término da exibição do longa, 0s professores Ricardo Pinho e Martha Perrusi levantaram como discussão duas maneiras de compreender o filme: pela estética e por uma reflexão ambiental.
Na visão estética, observa-se muito as imagens, o som, movimentos e velocidade. Tendo também como ponto de observação a fase da natureza, fase da construção, edificação, destruição e a fase humana, urbana. O compositor tendo uma visão minimalista, transforma a trilha sonora em um componente fundamental do filme.
Na visão ambiental, o foco está na “descontextualização da realidade, criando um efeito de fracasso de uma sociedade que apostou no tecnismo”, contou o professor Ricardo Pinho. “O filme é uma crítica a uma razão instrumental”, enfatizou. Foi iniciado em seguida um debate sobre o filme com a plateia, focando nas profecias apresentadas no longa.
O tempo foi um ponto bastante discutido. O filme reforça a percepção de que não podemos controlá-lo. Outros assuntos bem nítidos no filme são a corrupção humana, exagero, desequilíbrio, desencontro, perda de sentido, individualismo, mecanização e atividade do trabalho, processo capitalista, necessidade de um novo paradigma.