Católica comemora Dia Mundial da Voz com campanha sobre cuidados vocais
|Dia 16 de abril. Dia Mundial da Voz. Em comemoração, países do mundo todo aderem à Campanha da Voz, cuja finalidade é promover ações de prevenção aos males que atingem o instrumento mais importante da comunicação. O Brasil não fica de fora. Com a parceria entre o Conselho Federal de Fonoaudiologia, Conselhos Regionais de Fonoaudiologia e Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, é possível, anualmente, a celebração do dia no país.
No Recife, a Universidade Católica de Pernambuco, em parceria com outras instituições, sediou a campanha, nesta sexta-feira (16), das 14h às 17h, no hall do bloco G. Organizado pelo curso e pela Clínica de Fonoaudiologia da Universidade, o evento recebeu pessoas de diversos lugares, que transitavam pelas dependências da Católica ou foram informadas por algum meio de divulgação.
“O evento foi criado há mais ou menos 5 anos, para promover orientações sobre conceitos, problemas e dicas relacionados à saúde da voz, por ser um dos principais instrumentos de trabalho de muitos profissionais”, explica a coordenadora do curso de Fonoaudiologia, Maria Luiza Timóteo. De acordo com ela, participar de terapias vocais é imprescindível para saber a maneira ideal de projetar e impostar a voz, sem que seja prejudicial.
“A iniciativa está ajudando a despertar as pessoas para os cuidados vocais”, afirma a supervisora de estágios da Clínica de Fonoaudiologia da Católica, Conceição Silveira. O uso de forma inadequada pode gerar grandes problemas. Portanto, a distribuição de panfletos e marcadores de livros, com dicas preventivas e educativas, foi um dos recursos utilizados na campanha. Entre as sugestões: falar devagar e com boa dicção; descansar a voz, após o uso excessivo; fazer uso do microfone para falar em público e beber bastante água.
Formada por alunas do curso de Fonoaudiologia e pelo Mestrado em Ciências da Linguagem, a equipe do evento realizou sessões de avaliação, de duração de 5 minutos, para diagnosticar o estado da voz do participante. “Desde que entrei no curso, participo da campanha. Para nós estudantes é muito importante porque adquirimos prática e conhecimentos. Já para as pessoas que nos procuram, é fundamental devido à orientação recebida sobre os caminhos ideais que devem seguir”, aponta a estudante.
A mestranda Vanessa Maria da Silva, de 21 anos, acredita que a campanha é importante para toda a sociedade, sem se restringir aos profissionais que utilizam a voz como recurso de trabalho. “A população termina sendo a mais carente de informação. Devido ao desinteresse, as pessoas só nos procuram quando sérios problemas vocais aparecem”, conta. Para ela, o interessante da ação é que não há uma imposição de regras. “Nós adaptamos as orientações variando de pessoa para pessoa.”
Muitas vezes, o participante desconhecia a deficiência que possui. Rouquidão, soprosidade e quebras de fala são os principais sinais de problemas. Mirela Maria de Souza, de 57 anos, foi um dos exemplos. Professora aposentada, por 26 anos, a voz foi seu instrumento de trabalho principal. “Não tinha conhecimento dos meus problemas vocais. Acabei de descobrir que minha voz está muito prejudicada, pois há uma distorção. Agora vou marcar uma consulta com um otorrino, conforme a equipe me orientou”, conta Mirela. Atualmente, ela continua utilizando a voz em projetos sindicais.