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Caminho do rádio contemporâneo é tema de debate na 6ª Semana de Jornalismo

Os caminhos do rádio contemporâneo foram discutidos na tarde desta quarta-feira (24), na sala 510 do bloco A, dentro da programação da 6ª Semana de Jornalismo.  A mesa-redonda teve a participação dos jornalistas Carlos Morais, da Rádio Jornal; Roberto Souza, da Rádio Universitária; Mário Neto, da CBN, e Marize Rodrigues, da Rádio Folha. O professor Vlaudimir Salvador foi o mediador do debate.

O jornalista Carlos Morais iniciou a palestra falando da escolha do tema. “Deveria ser caminhos que desafiam o rádio, porque temos uma série de desafios a enfrentar”, comentou. Usando a internet como foco de sua palestra, Carlos Morais falou que ela não acabou com o rádio. A web pode ampliar a informação transmitida no rádio. Ele acrescenta dizendo que o rádio tem o poder de humanizar a matéria, e tem a possibilidade de ser ao vivo.

Carlos Morais chamou atenção para um problema encontrado no seu meio, que é o custo de manter um repórter. Para ele ir para a rua tem que ter toda uma infra-estrutura. Por causa disso, quando o assunto é futebol, pode-se não mandar um locutor ao local se o jogo for televisionado. Mas , para ele, “o contato com o público é fundamental”.

Em seguida, o jornalista Mário Neto enfatizou que todos os radialistas estão nessa área porque acreditam nessa profissão. “A rádio tem uma utilidade imensa quando é bem utilizada”, prosseguiu. Citou um exemplo próprio, quando disse que era muito fã do jornalista Marcos Araújo e teve a oportunidade de ser chefe dele. “Essas coisas acontecem mesmo”, afirmou. “Nada bate o rádio no local, porque o rádio é muito mais simples e mais rápido de se fazer”, explicou Mário Neto. A função do rádio é dar a primeira informação. “No local, certamente, o rádio informa primeiro até do que a internet”, frisou. Disse que o objetivo da rádio é informar e prestar serviços. Na CBN o público predominante é o masculino das classes A e B. A importância dos novos recursos para o rádio contemporâneo foi um assunto que Mário Neto abordou no final de sua palestra, dizendo que há ferramentas fundamentais, como a internet. O Twitter, por exemplo, possibilita passar informações rápidas e atualizadas.

O jornalista Roberto Souza falou sobre a tendência a partir da saída dos jornalistas palestrantes da Universidade Católica de Pernambuco – já que todos foram ex-alunos – no ano de 1985, em termos da perspectiva que tinham sobre o jornalismo naquela época. “Tinham poucos radialistas. Era possível agrupar todos em um evento, totalizando mais ou menos uns 60”, informou. Eles acreditaram na profissão mesmo nos momentos de dificuldades. “Acredito na validade do diploma”, confessou.

Para finalizar, a jornalista Marize Rodrigues falou sobre toda a sua trajetória profissional. Trabalha na área jornalística há 32 anos. Em 1978, estagiou pela primeira vez no rádio. Na Rádio Clube, ela passou 14 anos. Começou como estagiária até se tornar editora geral. Trabalhou na CBN como chefe, mas sempre preferiu trabalhar na rua como repórter. No Governo do Estado, Marize Rodrigues atuou na gestão do governador Jarbas Vasconcelos por cinco anos. Fez parte da montagem da Rádio Folha. Através de uma pesquisa, eles perceberam que o público sentia falta de ouvir música popular brasileira (MPB). Através disso, resolveram iniciar um programa com esse tipo de música, onde atingiam um público das classes A e B.

O slogan da rádio foi criado por ela mesma: “Informação e música de qualidade”. Hoje, na parte musical, a jornalista disse que teve uma popularizada, alcançando todas as camadas sociais, com a inclusão de forró e pagode, por exemplo. Ela revelou que, em junho, deve ser aberta vaga para estagiário.  Quem estiver interessado, pode mandar um e-mail para marize@radiofolha.com.br, para as demais informações podem ligar para 9945-4630 ou por telefone da Rádio Folha, 3224-5153.

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