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Aulas e oficinas lúdicas ensinam crianças, adolescentes e adultos sobre pinturas rupestres

Na última terça-feira (18), o Laboratório e Museu de Arqueologia da Universidade Católica de Pernambuco promoveu aula e oficina sobre pinturas rupestres dentro da programação da 8ª Semana Nacional de Museus. O evento, que se estenderá até o final desta semana, é voltado para qualquer tipo de público, independentemente da formação e idade.  As atividades mesclam informação e dinamismo através da realização de jogos lúdicos que contribuem com o aprendizado.

Ministrada por Thiago Paulino, aluno do 1º período de História da Unicap, a aula sobre pinturas rupestres teve como objetivo definir o que é a pintura rupestre e diferenciar a gravura do grafismo – que, segundo a coordenadora do Laboratório e do Museu de Arqueologia, Maria do Carmo Dias Costa, é uma das principais dúvidas do público.

A gravura é uma espécie de desenho esculpido, em alto relevo, enquanto que os grafismos eram as pinturas que nossos ancestrais faziam, geralmente, nas pedras, com o chamado ocre ou óxido de ferro que era misturado com óleo vegetal para realização das pinturas.

Além de mencionar os tipos específicos de grafismos e gravuras, Thiago falou dos sítios arqueológicos onde esses registros podem ser encontrados, dando exemplos próximos do estado de Pernambuco. “O grafismo puro é aquele que a gente não pode identificar formas geométricas; o grafismo de ação é aquele que reproduz uma ação, dando ideia de movimento e o de composição é aquele em que as figuras podem ser reconhecidas, podendo ter forma de homem, animal ou planta.”

Vale ressaltar que esses desenhos antigos não podem ser interpretados, visto que não temos mais contato com os povos que os produziam. “Não temos como comprovar com eles se o desenho foi de uma dança, um boi ou um sol. Podemos apenas dizer que os grafismos podem ser antropomorfos (forma de homem), zoomorfo (forma de animal) ou fitomorfo (forma de planta)”, explicou Maria do Carmo.

Thiago finalizou sua aula, tentando conscientizar as pessoas com relação à preservação desses registros. Em um slide, uma triste foto, mostrando uma pichação feita por cima de alguns grafismos. “Estão apagando registros históricos através dos quais podemos tentar interpretar como viveu o homem pré-histórico. É importante preservar isso”, afirmou o professor.

Depois da aula, os alunos do 3º ano do Colégio Doutor Ivo Queiroz de Vitória de Santo Antão seguiram para oficina de pintura rupestre. Até os professores integraram a brincadeira. No primeiro momento, eles pintaram figuras parecidas com as que tinham visto na aula, e depois se dividiram em equipes para jogar um jogo de memória. “Ao acertar o par, a equipe tem de responder se a figura é uma gravura ou grafismo e se for o segundo, especificar se ele é puro, de composição ou de ação”, explicou Thiago. As equipes foram acumulando pontos e conhecimento ao longo da brincadeira. As vencedoras voltaram para casa com brindes especiais: canetas e chaveiros do Museu de Arqueologia.

As aulas da 8ª Semana Nacional de Museus estão acontecendo na sala 106 do bloco G, no período da manhã e tarde, sendo o primeiro das 8h30 às 11h30 e o segundo das 14h30 às 17h30. Nesta quinta-feira, as aulas serão de cerâmica e, novamente, de pintura rupestre. No último dia (21), o público poderá aprender um pouco sobre Megafauna e Evolução do Homem. Na aula de Megafauna, o público poderá aprender sobre o conjunto de animais gigantes do período geológico do Pleistoceno (1,8 milhão a 11.000 anos atrás). Os tão famosos Mamutes e Mastodontes – figuras conhecidas do clássico filme animado “A Era do Gelo” serão estudados na aula. Mais informações sobre a Semana Nacional de Museus podem ser obtidas através do número 2119-4192 ou no site da Unicap. (http://www.unicap.br/arqueologia/arquivos/banner.jpg)

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