Boletim Unicap

Alunos e professores do curso de Arquitetura repaginam praça em Santo Amaro

Fotos: acervo Atelier Vivo/divulgação

A comunidade da Ilha de Santa Terezinha, no bairro de Santo Amaro, Área Central do Recife, ganhou um novo equipamento de lazer. A repaginação da praça do local foi fruto de muito trabalho de professores e alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Católica. Junto com o coletivo Atelier Vivo, eles transformaram o ambiente que antes era lugar de depósito de lixo em ponto de encontro e motivo de orgulho para os moradores.

O Atelier Vivo participou da iniciativa com o escritório Norte Oficina de Criação, do professor da Católica Lula Marcondes. Ele foi o coordenador do projeto junto com o arquiteto australiano Michael Philips. “Essa equipe de arquitetos trabalha executando ações que vão do desenho à construção. Vale ressaltar que é uma ação em grupo e não de empresas”, explica Marcondes.

Ele também conta que a comunidade não foi escolhida ao acaso e sim a partir dos dados colhidos pelo Plano Centro Cidadão, um estudo da Unicap em parceria com a Prefeitura da Cidade do Recife que propõe melhoramentos arquitetônicos e urbanístico no chamado Centro Continental da cidade.

Outra professora que participa do projeto na Ilha de Santa Terezinha é Clarissa Duarte. Ela chama a atenção para o envolvimento dos moradores na iniciativa. “É muito lindo ver as crianças correndo e às vezes até disputando para nos ajudar, querendo saber de tudo e se envolvendo. É importante que a população local perceba que com a união que já existe entre eles e com poucos recursos, é possível gerar e criar vários pequenos espaços públicos por toda comunidade. É incrível essa força que faz florescer um convívio qualitativo e digno para os moradores”.

A concepção do projeto teve participação fundamental de quem vive ali. “Tudo foi discutido pela comunidade, afinal eles são os nossos clientes. Esse caldeirão de processos e acontecimentos de forma intensa é satisfatório e nós estamos maravilhados”, acrescentou o professor Marcondes ao se referir sobre como os moradores escolheram brinquedos, bancos e as pinturas.

Fotos: acervo Atelier Vivo/divulgação

Michael Phillips também se disse impressionado com o protagonismo do bairro de Santo Amaro. “O espaço acabou se tornando uma sala de aula alternativa, onde a comunidade fica com o resultado. Qualquer projeto desse tipo, para se ter sucesso, deve ter um link bem forte com a comunidade e nós tivemos’, comentou o arquiteto australiano.

A experiência dessa “sala de aula alternativa” serviu de aprendizado para a aluna de Arquitetura e Urbanismo da Católica Amanda Coêlho. “Estamos aprendendo e ajudando ao mesmo tempo, é algo realmente muito vivo. Nós estamos saindo da teoria e colocando a mão na massa para fazer o bem e isso é muito gratificante”.

Se para os professores e alunos da Católica a sensação é de gratidão, para quem vive na Ilha Santa Terezinha a nova praça é só alegria. “Estamos alegres de sermos beneficiados com esse trabalho, onde esse espaço já foi onde se colocava muito lixo, ou até ponto de tráfico de drogas. Estamos felizes em poder participar com as pessoas e com a oportunidade de ocupar aquele espaço para as nossas crianças”, disse a moradora Maria do Carmo, mais conhecida entre os vizinhos pelo apelido de Amor.

Sentimento compartilhado também pela presidente do Clube de Mães de Santo Amaro, dona Vera Lúcia. “Ter esse projeto na nossa comunidade foi ótimo. Uma experiência ótima trabalhar com eles, vendo o esforço e interesse. A gente vê que eles deram o melhor para nossa comunidade. Isso é gratificante”, disse ela ao comentar o envolvimento da equipe de profissionais e de professores e alunos do curso de Arquitetura da Católica.

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