Boletim Unicap

Alunos de Engenharia da Complexidade participam de workshop de inteligência coletiva sobre mudanças climáticas

Em um momento em que a pauta ambiental ganha ainda mais importância no país em virtude das queimadas devastadoras em ecossistemas como o Pantanal e a Floresta Amazônica, os alunos da Engenharia da Complexidade participaram de um workshop online intitulado Jogo do Clima – La Fresque du Climat em francês. A atividade, que sensibiliza os participantes para questões ambientais, foi mediada pelo professor João Elton do domínio de Humanidade do curso. “Em tempos de aulas remotas e distanciamento social, utilizar ferramentas educativas inovadoras é fundamental. O curso de Engenharia da Complexidade tem em seu DNA essa inovação pedagógica e a pandemia tornou essa premissa ainda mais importante”, definiu.

“Por se tratar de uma atividade sobre as questões climáticas, ela é naturalmente uma atividade transdisciplinar. Todos os domínios do curso de Engenharia da Complexidade têm a questão da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente (ecologia integral) como pressupostos em suas ações e iniciativas, tanto que os primeiros a participarem do workshop do clima foram os professores do curso”, destacou o professor João Elton. “A participação dos alunos foi muito boa, todos avaliaram a atividade positivamente, tanto pela dinâmica que é bem participativa, quanto pelo conteúdo que, além de informar, também leva os participantes a refletirem sobre a situação e questionarem suas próprias práticas em relação às questões climáticas”, completou.

O Jogo do Clima é uma ferramenta colaborativa de conscientização sobre as mudanças climáticas, baseada na inteligência coletiva e com caráter essencialmente educativo. A ferramenta pode ser utilizada por escolas, empresas e até com familiares e amigos. A principal intenção é demonstrar como todos são afetados pela intervenção do homem no meio ambiente. A iniciativa é aberta e realizada em todo o mundo. Na versão online, a oficina pode ser acessada site https://fresqueduclimat.org/ ou https://climatecollage.org/ para mais informações. No site, as cartas da atividade ganham interatividade e se assemelham com um game, podendo ser baixadas e jogadas em qualquer lugar com públicos diversos sem qualquer custo.

A dinâmica tem duração média de 3 horas e é dividida entre quatro etapas. Podem participar times de 4 ou 7 pessoas. Os participantes contam com mapas que representam os componentes das mudanças climáticas com a presença de um facilitador. Na primeira etapa há uma reflexão. Este é o momento em que os estudantes e participantes entendem, em uma hora, como constroem a ferramenta. A segunda envolve a criatividade do participante que, em 30 minutos, todos encontram o Jogo do Clima e partem para intervenções de ilustração. Na terceira etapa, os participantes apresentam em 15 minutos o que foi aprendido no jogo. Já na quarta e última etapa, com uma hora de duração, todos os participantes socializam o que acabaram de aprender e sentir. Todas as informações contam com vigor científico, como os dados obtidos pelos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

“Ao final do workshop, todos se sentiram mais sensibilizados a buscar por soluções que possam amenizar os impactos negativos das mudanças climáticas e nisso o curso de Engenharia da Complexidade pode ajudar muito, já que os projetos e as práticas pedagógicas incentivam a criatividade, inovação e participação ativa dos clientes”, analisou João Elton. “Se trabalhamos com resolução de problemas em nossas práticas pedagógicas, nada como um problema tão desafiador, como as questões climáticas para incentivar os alunos a pensarem em soluções”.

“Ao associar ferramentas interativas com um desafio como a questão das mudanças climáticas, junta-se dois elementos importantíssimos para envolver e sensibilizar os alunos, principalmente em uma época em que as aulas transmitidas pela internet muitas vezes se tornam muito cansativas”, completou João Elton, ao demonstrar que a atividade dialoga com a proposta do curso de Engenharia da Complexidade, colocando o professor como um facilitador do conteúdo. “Assim, nada melhor do que realizar uma atividade em que o aluno é o protagonista e o professor é apenas um facilitador ou incentivador desse processo de aprendizagem, com o Jogo do Clima e com outras práticas que já desenvolvemos no curso essa realidade de busca de autonomia do aluno se torna realidade e frutos positivos tem sido colhidos”.

print

Compartilhe:

Deixe um comentário