Alegria e saudade marcam colação de grau dos formandos 2015.2
Para a professora Maria José Silva a noite desta terça-feira (25) foi inesquecível. Ela formou o filho Laerte Fagner em Direito pela Católica e estava com a sensação de dever cumprido. “Não há vitória sem luta”, dizia ela ao lado da filha Steffani Aparecida. Elas esperavam Laerte ir colocar a beca para entrar no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções. O formando de 25 anos era um misto de saudade do campus e alegria pelo sonho realizado. “Foi um período árduo, mas gratificante. Saio da Universidade preparado e autoconfiante”.
Logo depois a família de Chã de Alegria, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, se juntou a centenas de outras que lotavam o teatro para ver os formandos dos Centros de Ciência e Tecnologia (CCT) e Ciências Jurídicas (CCJ) colarem grau. O público foi recebido ao som de músicas da Jovem Guarda interpretadas pelo grupo MPB Unicap.
A mesa de honra foi composta pelo Reitor Padre Pedro Rubens; pela diretora do CCJ Maria Luíza Ramos; pelos coordenadores de curso Márcio Bueno (Ciência da Computação); Cynthia Suassuna (Direito); Caetano Monteiro (Engenharia Civil); Wagner Eustáquio (Engenharia e Licenciatura em Química); José Edson (Engenharia Ambiental); e José Cláudio representando o coordenador da Licenciatura em Matemática José Carlos Argemiro. A professora de Arquitetura e Urbanismo Maria de Lurdes Nóbrega representou a coordenadora Paula Maciel. A assessora do CCT, professora Ana Elisa, representou a diretora Andrea Camara.
“Essas músicas que acabamos de ouvir e o hino nacional são um recuo no tempo. Serve para nos dar conta do quanto o Brasil avançou desde quando foram criadas, do quanto o país caminhou. Quando a gente faz isso, a gente olha para o futuro. E o futuro está espelhado nos olhos de cada um dos formandos que aqui estão”, disse Padre Pedro ao fazer a saudação inicial.
Essa relação de aprendizado ao longo do tempo também foi um dos motes do discurso do orador oficial dos alunos, Denner Samuel Liberallino Melo da Silva, formando de Direito. “Cada aula era um golpe de maturidade. Esta noite traz consigo o amadurecimento de cinco anos. Tenham certeza de que fizemos e vamos fazer o máximo para mudar a realidade dos que nos entornam”.
Laureados – Após o discurso do orador, foi a vez de os laureados de cada um dos cursos subirem ao palco. Loueine Chrystie de Lima Barros (Direito); Marcos Filipe Candeas Guimarães Berenguer (Arquitetura e Urbanismo); Pedro Henrique Magalhães Braga (Ciência da Computação); Alex Gabriel Rodrigues Martins (Engenharia Ambiental); Manoely Souza de Oliveira (Engenharia Civil); Pedro Pinto Ferreira Brasileiro (Engenharia Química); Júlio César Silva Aleixo (Licenciatura em Matemática); e Júlio César de Araújo Viana (Licenciatura em Química).
A homenagem aos pais veio de uma forma surpreendente e emocionante. Foi quando o professor Newton Darwin de Andrade Cabral entrou pelo teatro interpretando a música Sonho Impossível, canção adaptada de musicais da Broadway, enquanto se dirigia ao palco. Logo depois, todos os formandos repetiram o juramento lido por Loueine Chrystie.
Coube a professora do curso de Direito, Cythia Suassuna, discursar em nome dos demais representantes e coordenadores de curso. Na sua fala, ela abordou os desafios do mundo contemporâneo a partir da teoria da liquidez nas relações do sociólogo polonês Zygmunt Bauman e da utopia. “Os fundamentos do mundo devem ser revistos. Há confiança no potencial humano para mudar o mundo e vocês podem ter essas condições para construir esse novo mundo”.
Este também foi o tom do discurso de encerramento proferido por Padre Pedro. O Reitor abordou “as crises de valores” presentes não só no Brasil, mas no mundo. Ele fez um breve panorama da história da Universidade construída a partir de momentos adversos. “A Católica de Pernambuco é solidária com a crise ou com as crises de todas as famílias de nossos alunos, professores e funcionários. Ela sofre impacto das crises das cidades e da cidadania. Isso desde o início quando a Faculdade Nóbrega, fundada em 1973, tornou-se em 1951 uma Universidade. Se hoje nós celebramos 73 anos de uma tradição renovada é porque nós aprendemos a driblar as mais diversas crises com coragem, determinação, projetos criativos e muito trabalho”.
Padre Pedro agradeceu aos professores, funcionários e aos familiares dos formandos pela confiança depositada na Unicap. “Agradeço aos familiares que não mediram esforços para investir nestes que hoje concluem. A gente sabe que estudar na Católica é um investimento da família. Sem esta confiança da família dos nossos estudantes, a Unicap não existiria ou então ela seria muito diferente. A conquista de vocês é uma aposta ganha por todos nós. É por isso que nós estamos felizes com vocês e por vocês”.
O fim da cerimônia foi marcado pela tradicional jogada de capelos ao término da execução do hino de Pernambuco.
