Boletim Unicap

Água e Esgoto: Desafios para a Saúde Pública foi tema do 2º dia da III Semana Socioambiental da Unicap

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O segundo dia (17/08) da III Semana Socioambiental da Unicap teve, em sua programação, à tarde, minicursos e, à noite, mesa-redonda, que abordou o tema: Água e Esgoto: Desafios para a Saúde Pública.

IMG_20160817_193129516À tarde, foram três minicursos, das 14h às 17h30. O primeiro com o tema: “O Uso de Tecnologias Modernas a Favor do Saneamento”, ministrado por Wilson Luiz Bombo Junior, da Odebrecht Ambiental, na sala Multiuso, 113, bloco D; o outro minicurso foi sobre “Análise Microbiológica da Água”, ministrado por Fábio Portela, da Compesa, na sala 708, no bloco A; e o terceiro, e último, abordou “Política Nacional de Saneamento Básico”, ministrado pela Dra. Cynthia Suassuna, coordenadora do curso de Direito da Católica, na sala 709, do bloco A.

IMG_20160817_193156885A mesa-redonda aconteceu no Auditório G1 e teve como participantes os debatedores Eng. Adriano Silvio Barbosa de Oliveira, da Odebrecht Ambiental; MSc. João Renato de Barros Campos do Amaral, da Associação Pernambucana de Defesa da Natureza (Aspan), e MSc. Fábio Henrique Portella Corrêa de Oliveira, da Compesa. A coordenação da mesa foi do Prof. MSc. Walter José Ferreira, da Católica.

IMG_20160817_194037740João Renato do Amaral, da Aspan, fez um panorama do consumo de água no Brasil. “A Região Norte é a que mais perde água em seu abastecimento e é o que menos investe, também. Já o Sudeste tem o menor índice de perda no abastecimento de água. O consumo per capita no Brasil está em torno de 165 litros de água por pessoa, por dia, e isso é um índice alto. Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, 110 litros seria o suficiente para as pessoas. A Região Nordeste é a que tem o índice mais baixo, atualmente 118 litros por pessoa/dia. Falando em impacto desse consumo, é um consumo alto e o sistema de captação e tratamento tem que receber investimentos e quase sempre esses investimentos são públicos para poder atender a essa demanda. Apesar dos investimentos a perda de água, entre a fonte e a residência das pessoas, é alta cerca de 37% da água tratada se perde no caminho.”

IMG_20160817_193058988Já Wilson Luiz Bombo Junior, da Odebrecht Ambiental, apresentou os benefícios do saneamento. “Para cada um real investido em saneamento, se economiza quatro reais na área da saúde. O acesso ao esgotamento sanitário possibilita crescimento de 1,9 bilhão de reais, no Produto Interno Bruto (PIB) do setor de turismo. A universalização do saneamento trará uma valorização média dos imóveis de 3,3%. Saneamento gera saúde, que gera qualidade de vida.”

Wilson falou, ainda, do Projeto de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana do Recife e o Município de Goiana, uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Compesa e a Odebrecht Ambiental. “Os principais objetivos do projeto é atingir 90% da coleta de esgoto e tratar 100% do esgoto coletado na área atingida pelo programa. A previsão de realização é prazo de 35 anos. A população inicial a ser atendida é de mais de 3,7 milhões de pessoas e a população final, numa projeção para 2047, é de mais de 5,9 milhões.”

IMG_20160817_194021997Em seguida, Fábio de Oliveira, da Compesa, fez uma abordagem voltada para a importância da água para a saúde pública. “Um dos grandes problemas que nós temos com efluentes, no mundo, que são o Nitrogênio (N) e Fósforo (P), elementos químicos, resultantes da poluição das águas dos rios, como Capibaribe e Jaboatão. Essa foto (imagem de coleta de água em rio, repleto de microalgas) e o que danado é isso? Esse verde é o que? Todo mundo está acompanhando os Jogos Olímpicos e a piscina dos saltos ornamentais estava verde e todos questionaram sobre o que seria isso. Nada mais são que algas, mais especificamente algas e do ponto de vista da saúde pública, cianobactérias. Quem nunca ouviu falar que em 1996 houve a tragédia da hemodiálise de Caruaru, onde morreram mais de cinquenta pessoas, vitimas da contaminação, por cianobactérias, da água utilizada no processo de diálise? Após esse caso, o Brasil abriu os olhos para a questão das cianobactérias, e motivou a criação da Portaria 2914 de 12/12/2011, do Ministério da Saúde, que’dispõe sobre procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de portabilidade’.”

Finalizando, o professor Walter Ferreira deu início ao debate.

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