Estudantes de Teologia e o poeta Miró dão o tom no Quinta em Ritmo e Poesia

O projeto Quinta em Ritmo e Poesia do último dia 9 foi marcado pela presença de estudantes de Teologia que participaram do 3º Simpósio Internacional de Teologia e Ciências da Religião promovido pela Católica. Ao cantar e declamar poesias, eles demonstraram bastante animação. O poeta Miró também compareceu, e divulgou textos do seu novo livro, Quase crônico.

O Pró-reitor Comunitário, Padre Miguel, demonstrou talento artístico, cantando temas da MPB, como Força estranha, de Roberto Carlos, acompanhado no violão por Percy Marques, instrumentista do grupo Wave Unicap.

Em seguida, os estudantes de Teologia Pedro França e José Carlos interpretaram, com muita emoção,  a música Gita, de Raul Seixas.  A onda Raul também atingiu Eduardo Lustosa, aluno do curso de Filosofia, que cantou Meu amigo Pedro, outra canção do compositor baiano.

A poesia também foi lembrada, sobretudo a cidade de Itapetim, cidade pernambucana conhecida por seus poetas e cantadores. O estudante Antônio Rogério recitou um texto de José Adalberto, artista popular daquela cidade. “Se eu pudesse ajudava a quem precisa sem pensar em ganhar a salvação”, dizia  a conclusão do texto. Já Miguel Antônio, também aluno da Teologia, criticou a erotização presente na mídia. “Eu sou a favor da sensualidade, mas contra qualquer vulgaridade”, protestava em um dos versos.

As mulheres também deram o tom no fim de tarde, e foram homenageadas com uma interpretação de Mulher nova, bonita e carinhosa, de autoria do também Itapetinense, Otacílio Batista. Karoline de Menezes cantou a música Canteiros, de Fagner, e a estudante Joanne Ferreira, do curso de Ciências da Religião da Universidade Federal da Paraíba, declamou o poema Versos Íntimos, de Augusto dos Anjos.

Já  no começo da noite, o poeta urbano Miró denunciou questões sociais como as drogas e miséria. “Eu escrevo sobre a neurose urbana, sobre as coisas que vocês veem e não têm tempo de escrever”, destacou ao se apresentar. Com um modo performático e peculiar de apresentar seus textos, ele chamou atenção de quem passava pelo hall do bloco G. Entre suas próprias composições, ele declamou o texto da música Sonhos, de autoria do compositor Peninha.