Boletim Unicap

Cine Legalmente Idoso debate sobre a autoestima

O auditório G1 da Universidade Católica de Pernambuco se transformou, na tarde desta sexta-feira (31), em uma sala de cinema. Foi mais uma edição do Cine Legalmente Idoso, projeto desenvolvido pelo curso de especialização em Gerontologia em parceria com o Instituto Humanitas Unicap que promove a exibição de filmes temáticos seguidos de debates. Na sessão de hoje foi exibido o filme Rugas, longa-metragem de animação espanhol de 2011 dirigido por Ignácio Ferreras.

“Esse filme foi escolhido porque aborda a questão da autoestima do idoso. O filmes que a gente escolhe também trabalham aspectos da afetividade, sentimentos e pensamentos dos idosos. A cada sessão, percebemos uma maior adesão de pessoas quem querem aprender sobre a temática. É uma diversão para as pessoas idosas, é uma forma de tirá-las de casa, da solidão. A receptividade tem sido muito boa”, disse a coordenadora e professora da pós-graduação em Gerontologia, Cirlene Francisca Sales da Silva.

Sinopse – O filme Rugas conta a história de Emilio e Miguel. Amigos que se conheceram em uma casa para pessoas da terceira idade. Emilio se encontra no estágio inicial de Alzheimer, mas Miguel tem um plano para impedir que seu amigo acabe no temido andar dos desenganados.

Após a exibição do filme, houve um debate com o professor do curso da Unicap e psicólogo André Cabral. Mestrando em Gerontologia, ele abordou, entre outros aspectos, as novas configurações das chamadas instituições de longa permanência de idosos, conhecidas até pouco tempo atrás como asilos.

André buscou desmistificar certos preconceitos em torno dessas instituições exilares. “Hoje a gente vê que é um serviço que precisa existir, um serviço que cresce em demanda porque cresce o número de pessoas idosas”. Ele explicou ainda que, historicamente, as instituições exilares eram vistas como depósitos de excluídos, abandonados, com dependência física. Ainda segundo André, houve um movimento em que essas pessoas saiam dessas instituições e voltavam ao convívio com suas famílias.

“Hoje a gente percebe um novo movimento, que é a necessidade de recorrer de novo a essas instituições. Mas que instituições são essas agora? São instituições que possibilitam maior qualidade de vida, autonomia, independência. Instituições que precisam perder esse esteriótipo anterior”.

André explicou que essas instituições exilares precisam trabalhar o cuidado com os idosos de uma maneira integral, mais holístico. “É muito mais que uma idosa ou idoso que se apresentam por um corpo biológico, mas um sujeito de desejo, um sujeito de história de vida, um sujeito que precisa ser compreendido na sua totalidade. Essas instituições passariam por um aprimoramento desse serviço, acolhendo esse idoso com mais humanidade”.

print
Compartilhe:

Deixe um comentário