Boletim Unicap

Lafam apresenta Bioecologia do Desenvolvimento Humano

Na manhã do segundo dia da II Jornada do Lafam “Família, Instituições Infantis e Desenvolvimento Humano”, realizada na sexta-feira (9), na sala de Teleconferência, térreo do bloco G4, a professora Lília Lhêda Chaves Cavalcante, integrante do Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do Pará – UFPA, apresentou a introdução à Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano. O evento é uma realização da Universidade Católica de Pernambuco, por meio do Mestrado em Psicologia Clinica e do Laboratório de Família e Interação Social -Lafam.

A palestrante explicou que no Modelo Bioecológico, o teórico Urie Bronfenbrenner faz um esforço para realçar a importância de destacar os atributos da pessoa, o papel das características pessoais no processo de desenvolvimento e não, apenas, as características do contexto, como ele havia enfatizado na Ecologia do Desenvolvimento. Neste modelo ele diz que o desenvolvimento é, na verdade, esse padrão de mudanças e permanências que acontecem em função da interação da pessoa, com suas características, em um ambiente que, também, tem características e é feito por outras pessoas.

Questionada sobre a importância dessa teoria para a psicologia, a professora Lília Cavalcante explicou: “Primeiro, por que estudar desenvolvimento e por que estudar desenvolvimento numa perspectiva ecológica? Porque ele permite compreender as reais condições em que a criança se desenvolve. Esteja ela na família; no convívio com os pais; esteja ele em instituições de acolhimento infantil; esteja ela vivendo nas ruas; esteja ela em seu ambiente de trabalho, já que muitas crianças, infelizmente, trabalham, ou seja, o desenvolvimento ocorre a partir das características da pessoa que foram ou que são produtos também de características do ambiente.”

Com base nessa explicação, a reportagem do Boletim Unicap perguntou à professora Lília Cavalcante se é verdade que as pessoas são frutos do meio? “É 50% de verdade. Quer dizer, ela é produto do meio, mas faltou acrescentar que o meio é produzido também por ela. Porque ela altera também o meio, ela está em alteração contínua e o meio é feito de pessoas que são capazes de mudar. Então, desse ponto de vista, é verdade que ela é fruto, ela sofre influência do ambiente, mas a gente precisa, a todo tempo, lembrar que o ambiente é feito de pessoas que são capazes de mudar. Então, o meio, consequentemente, pode mudar.

À tarde, foi apresentado o Laboratório de Ecologia do Desenvolvimento (LED-UFPA): teoria e pesquisa.

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