Boletim Unicap

Instituto Humanitas dá início à primeira edição da Conferência de Meio Ambiente e Sociedades Sustentáveis

A I Conferência de Meio Ambiente e Sociedades Sustentáveis, COMEIASS, foi aberta na noite dessa segunda-feira (4), no auditório G1, com uma plateia formada sobretudo por paraibanos. Promovido pelo Instituto Humanitas Unicap, o evento tem como tema central “Sociedade e Meio Ambiente” e ocorrerá até quarta-feira (6).

O Pró-reitor Comunitário, Padre Lúcio Flávio Cirne, e a professora do curso de Ciências Biológicas, Goretti Sônia-Silva, deram as boas-vindas aos convidados e falaram um pouco sobre a sustentabilidade na modernidade. “O respeito à biodiversidade ecossistêmica se alinha com o respeito à pluralidade de culturas, construindo a base para a sustentabilidade, a igualdade e a justiça. O desenvolvimento é algo a ser pensado na pluralidade”, enfatizou Padre Lúcio.

Após uma breve introdução, os respectivos presidente e coordenadora do evento cederam o palco à Profª Drª Arminda Saconi, pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco e Diretora do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Católica de Pernambuco. Na palestra sobre “Desenvolvimento sustentável: necessidade e/ou possibilidade?”, a professora falou sobre as calotas de gelo da Groelândia, o aterro desativado no Rio de Janeiro, o despejo não fiscalizado de lixo no mar e a educação ambiental. “Não existe educação ambiental por educação ambiental. Pra mim, é só educação. ‘Ambiental’  é bonito agora e usado porque está na moda”, disse. A professora alertou também para a espuma amarela que tantas vezes é vista no mar. “Não é da maré, não. Meus alunos ficam espantados quando eu falo, mas é o despejamento indevido de lixo. Não pisem muito naquilo, depois dá uma coceira… não é nada bom”, avisou.

De acordo com a professora Arminda, é preciso atender às necessidades da atual geração sem comprometer a capacidade das futuras gerações em prover suas próprias demandas. “Há três princípios essenciais que devem ser respeitados: desenvolvimento econômico; proteção ambiental e equidade social”, enfatizou, acrescentando que o desenvolvimento regional sustentável passa pela estratégia de apoio aos negócios, baseada nos conceitos de desenvolvimento e sustentabilidade. E destacou nove princípios para o desenvolvimento sustentável: respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos; melhorar a qualidade de vida humana; conservar a vitalidade e a diversidade do planeta Terra; minimizar o esgotamento de recursos não-renováveis; permanecer nos limites da capacidade de suporte do planeta Terra; modificar atitudes e práticas pessoais; permitir que as comunidades cuidem do próprio ambiente; gerar uma estrutura nacional para integração de desenvolvimento e conservação; e constituir uma aliança mundial.

A diretora do CCT finalizou a sua palestra com um trecho da Carta da Terra: “Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz e pela alegre celebração da vida”

Após a palestra, um coquetel foi servido no salão receptivo da Universidade. A decoração – peixes “esculpidos” em melancias, galinhas feitas de côco seco e galhos, cebolas que se transformaram em flores coloridas – produzida pelo professor de Cozinha Fria do Senac, Antônio Medeiros, e seu auxiliar, Iranildo Bispo, chamou a atenção de quem compareceu.

A programação para o resto da semana conta com exposições, minicursos e palestras.

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