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Debate comemora 50 anos do lançamento do livro Filosofia do Jornalismo, de Luiz Beltrão

A 13ª edição do Encontro Nacional de Professores de Jornalismo contou, na manhã desta quinta-feira (22), com um debate em comemoração aos 50 anos de lançamento do livro Filosofia do Jornalismo, de Luiz Beltrão. O encontro contou com a presença do Prof. Dr. Alfredo Vizeu, da UFPE,  e o Prof. Dr. José Marques de Melo, que pertenceu à primeira turma do curso de  Jornalismo da Católica. O evento aconteceu no auditório do G2 e reuniu professores, alunos e profissionais da área.

Luiz Beltrão foi homenageado por Vizeu e Marques, que contaram um pouco da sua trajetória.  Nascido em 8 de agosto de 1918, Luiz Beltrão de Andrade Lima teve uma infância diferenciada. Ao contrário dos outros meninos, ele colecionava santinhos e fazia catecismo com muita dedicação e tinha o sonho de ser padre.

Em 1936, Beltrão iniciou sua carreira no Diario de Pernambuco. Em 1940, recebeu o registro profissional como jornalista. Em 1959, lançou seu primeiro livro “Itinerário da China”, através do qual ele ganha notoriedade em seu trabalho.  Ainda neste ano, lançou o livro “Iniciação à filosofia do jornalismo”, que lhe garantiu o prêmio Orlando Dantas e foi patrocinado pela Editora Agir, do Rio de Janeiro, onde foi lançado nacionalmente em 1960.

Alfredo Vizeu procurou mostrar o quão atual eram as publicações de Beltrão,que já no ano de 1960 trazia temas atuais do jornalismo, como a importância da ética e a técnica profissional, além da preocupação com as pessoas e o cuidado com o jornalismo sensacionalista.

Em seus textos, Beltrão deixa claro a busca por um jornalismo sério e de encontro com a paz: “Sem nenhum dos males de raiz que prejudicam um sadio internacionalismo por parte de outras grandes potências no mundo; sem instintos imperialistas e ímpetos expansionistas; com uma arraigada convicção de igualdade racial e uma larga tolerância religiosa e política; desejando, tão somente, como reza o lema da sua bandeira, o progresso conquistado dentro da ordem – o Brasil está em situação privilegiada para defender e propagar, por um jornalismo livre, responsável e consciente, os princípios de uma paz duradoura, sob a égide da justiça e da fraternidade universal”.

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