Experiências de grupos de idosos são apresentadas na 8 Semana de Integração
|Por: Vítor Albuquerque
A expectativa de vida no Brasil hoje é em média, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 73 anos. Uma idade bem avançada, se comparada à grande parte da população trabalhadora, formada por pessoas de 16 a 55 anos de idade, em média. Boa parte desta população evita trabalhar e/ou conviver com idosos, já que alegam que estes não têm condições físicas e psíquicas para realizar outras atividades.
Por isto, a Universidade Católica de Pernambuco realizou na manhã desta quarta-feira (6), às 10h, na sala 824 do bloco B, a palestra “Relatando experiências de grupo com idosos”, com o intuito de valorizar a existência do idoso e conseguir fazer com que eles aceitem a idade. O evento reuniu cerca de 20 alunos e foi coordenado pela professora Tereza Batista, a estagiária Sônia Brito e a voluntária Ângela Campos.
Nos últimos tempos, a Clínica de Psicologia da unicap vinha refletindo sobre a necessidade de implantar um serviço para pensar de formas positivas o envelhecimento a fim de atender à demanda de idosos. A palestra abrangeu assuntos sobre como lidar com idoso.
Tereza começou falando da experiência que houve este ano na Clínica de Psicologia da Universidade com grupos de convivência com idosos acima de 60 anos. Isto trouxe demandas próprias da idade, como envelhecimento, falta de trabalho devido à aposentadoria e afastamento dos filhos, por causa de casamento. Com o objetivo de valorizar a existência do idoso e conseguir fazer com que eles aceitem a idade, o grupo tem encontros todas as sextas-feiras, das 9h30 às 11h. É cobrada uma taxa de R$10 por sessão. A frequência deve ser respeitada assim como pontualidade. Todos os assuntos abordados no grupo são de alto sigilo.
A professora Tereza Batista lembrou como os idosos eram tratados na antiguidade: com respeito e sempre foram representantes familiares, vistos como seres com grande sabedoria e experiência de vida. Mas hoje, muitos são desrespeitados e acabam cedendo, aceitando a suposta incapacidade de trabalhar, a perda da família e, assim, declinando sua vida até entrar em depressão.
Sônia Brito, estagiária, falou de como o grupo de convivência age. Recebe os idosos acima de 60 anos, debate sobre assuntos do cotidiano, tenta resolver os problemas de falta de narcisismo e falta de confiança.
A palestra teve a participação de alunos dos cursos de Psicologia e Pedagogia da Unicap. Ao fim do debate, Tereza Batista tirou dúvidas e ouviu sugestões.