ETNOGRAFIA, DISCURSO E NEOPENTECOSTALISMO
FACETAS DE UMA HISTÓRIA PLURAL
DOI:
https://doi.org/10.25247/paralellus.2023.v14n34.p363-383Parole chiave:
Historiografia, Religião, Análise do Discurso, Observação participanteAbstract
A religião, além de ser compreendida como um complexo produto humano, deve ser historicizada. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho foi de promover uma discussão teórica - por meio da revisão de literatura e análise discursiva - acerca do uso da Etnografia e da Análise do Discurso para compreender os elementos religiosos, sobretudo no campo de estudo histórico das igrejas neopentecostais brasileiras. O estudo permitiu concluir que o trabalho etnográfico possibilita analisar o objeto de pesquisa sem alterar um curso natural das dinâmicas presentes no contexto investigado. Por outro lado, analisar os discursos exige compreender a complexidade que envolve os textos, ou seja, o historiador precisa levar em consideração aspectos linguísticos, emocionais, imagéticos, simbólicos, além dos elementos que não estão presentes no momento no qual o discurso foi proferido. Por fim, a partir da análise dos testemunhos religiosos nas agências religiosas neopentecostais, é possível compreender que o aspecto indutor da prática discursiva é o anseio pela prosperidade material nas igrejas.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ANGROSINO, M. V. Etnografia e Observação Participante. Porto Alegre: Artmed, 2009.
ARDENGHI, L. M. R. Análise do Discurso e Ensino de História – trajetória e sentidos. Orientadora: Leda Verdiani Tfouni. 2013. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
BARROS, T. H. B. Por uma Metodologia do Discurso: noções e métodos para uma análise discursiva. In: Uma trajetória da Arquivística a partir da Análise do Discurso: inflexões histórico-conceituais [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 73-95, 2015.
BÍBLIA, A. T. Sagrada Bíblia Católica: Antigo e Novo Testamentos. Tradução de José Simão. São Paulo: Sociedade Bíblica de Aparecida, 2008.
DADALTO, Maria Cristina; PAVESI, Patricia Pereira. Entre a Etnografia e a História Oral: uma proposta empírica etnobiográfica. Revista del CESLA, n°. 22, p. 227-246, 2018.
ESQUINSANI, Rosimar Serena Siqueira. Entre percursos, fontes e sujeitos: pesquisa em educação e uso da história oral. Educação e Pesquisa, v. 38, n. 1, 2012.
FOLHA UNIVERSAL. Comecei a pensar em morar na rua e esperar a morte chegar. Ed. 27 de novembro de 2022. Disponível em: <https://www.universal.org/noticias/post/comecei-a-pensar-em-morar-na-rua-e-esperar-a-morte-chegar/>
FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
GREGOLIN, M. R. V. A Análise do Discurso: conceitos e aplicações. Revista Alfa, São Paulo, p. 13-21,1995.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
MAINGUENEAU, D. Temas-chave da análise do discurso. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
MAINGUENEAU, D. Novas Tendências em Análise do Discurso. Campinas: Pontes – Ed. da Unicamp, 1997.
MATTOS, Luísa Karam de.; FLACH, Leonardo. Perspectivas e Caminhos para o Uso dos Métodos de Etnografia e História Oral nas Pesquisas sobre Gestão do Ensino Superior. Revista Eletrônica de Administração (Online), v. 18, n.1, ed. 34, 2019.
McGRANAHAN, C. Ethnography. In: CALLAN, H. (ed.). The international encyclopedia of anthropology. Hokoben: John Wiley & Sons, 2018.
NASCIMENTO; A. K.; FERREIRA, N. C.; COUTO, E. L.. O Discurso Religioso Cristão: uma análise dos efeitos de sentido construídos pela vertente católica. Presidente Prudente, Encontro de Iniciação Científica, p. 1-21, 2013.
ORLANDI, Eni Puccinelli. A Linguagem e seu Funcionamento. 2a ed. Campinas: Pontes, 2003.
PATRIOTA, K. R. M. P.; TURTON, A. N.. Memória Discursiva: sentidos e significações nos discursos religiosos da TV. Ciências & Cognição, v. 01, p. 13-21, 2004.
PÊCHEUX, M. Apresentação da Análise Automática do Discurso. In: GADET, F., HAK, H. Por uma análise automática do discurso (Uma introdução à obra de Michel Pêcheux). Campinas: Pontes, 1990.
PIRES, F. F.; JESUS, R. O. S. S.. Do Brasil para o Mundo: como conceitos clássicos weberianos podem nos ajudar a entender o sucesso transnacional da Igreja Mundial do Poder de Deus?. Ciências da Religião: história e sociedade, São Paulo, v. 12, n. 1, p. 137-167, 2014.
RIBEIRO, Darcy. Diários Índios. São Paulo, Cia das Letras, 2006.
RICOEUR, Paul. A Memória, a História, o Esquecimento. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
ROCHA, A. L. C.; ECKERT, C. Etnografia: saberes e práticas. In: PINTO, R. J.; GUAZZELLI, C. A. B.. Ciências Humanas: pesquisa e método. Porto Alegre: Editora da Universidade, 2008.
RODRIGUES, K. Teologia da Prosperidade, sagrado e mercado: Um estudo sobre a Igreja Universal do Reino de Deus em Caruaru – PE. São Paulo: edições ABHR: Edições FAFICA – Coleção Religião e Academia, 2003.
SAMPAIO, C. A. M.. “Remido pelo Espírito”, no comando da vida: trajetórias de líderes pentecostais em uma favela carioca. Orientadora: Clara Mafra. 2007. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
SANTOS, A. M.; VILAÇA, H. Religião e neoliberalismo: a perspetiva da Igreja Universal do Reino de Deus sobre a crise financeira portuguesa e a política de austeridade (2010-2012). Revista Rever, São Paulo, v. 22, n. 1, 2022.
SILVA, Eliane Moura da. Religião: da fenomenologia à História. In. ______; BELLOTTI, Karina Kosicki; CAMPOS, Leonildo Silveira (Org.). Religião e Sociedade na América Latina. São Bernardo do Campo: Editora Umesp, p. 11 – 15, 2010.
TASSO, R. D. Revisitando o Papel da História na Análise do Discurso. Florianópolis, Anais do 6º Encontro Celsul - Círculo de Estudos Lingüísticos do Sul, p. 1-7, 2004.
TURETA, César; ALCADIPANI, Rafael. Entre o observador e o integrante da escola de samba: os não-humanos e as transformações durante uma pesquisa de campo. Revista de Administração Contemporânea, v. 15, n. 2, 2011.
WEBER, M. Ensaios de Sociologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982.
Dowloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2023 Paulo Julião da Silva, Samuel Pablo Costa de Almeida
Questo volume è pubblicato con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
A submissão de originais para a Paralellus implica a transferência, pelos autores, dos direitos de publicação eletrônica. Os direitos autorais para os artigos veiculados neste periódico são do autor; todavia, são da revista os direitos sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão fazer uso dos mesmos resultados em outras publicações se indicarem, claramente, que a Paralellus foi o meio originalmente utilizado. Em decorrência do fato de ser a Paralellus uma revista de acesso público, é permitida a utilização gratuita dos artigos em aplicações educacionais e/ou científicas não comerciais, desde que respeitando-se a exigência de citação da fonte (Texto atualizado em 16-11-2020).