ROSTOS DE UM BUDHA TUPINIQUIM: BREVE PANORAMA SOCIAL DO BUDISMO NO CAMPO RELIGIOSO BRASILEIRO
Schlagwörter:
Budismo, Campo Religioso Brasileiro, Ciências Sociais da Religião.Abstract
Nos últimos anos, o Budismo vem ganhando não apenas visibilidade no espaço público-midiático do país – através da adesão entre celebridades ou pelo uso de objetos e práticas religiosas terapêuticas no cotidiano dos brasileiros – mas também pelo crescimento numérico expresso pelas devoções coletivas (criação de novos templos, centros, workshops, etc) e pela auto-declaração de pertença de um contingente cada vez maior de indivíduos, como se vê nos censos do IBGE. Paralelamente a estes dados, surgem diversas pesquisas acadêmicas sobre as “religiões orientais”, e particularmente sobre Budismo, interessadas em compreender o processo de formação histórica, características e dinâmicas dessa religião em solo nacional. Destaca-se dentre esses estudos, os departamentos de Ciências da Religião nas universidades brasileiras que têm sido responsáveis pela condução de publicações, grupos de pesquisa e eventos que vem ampliando as discussões em torno do Budismo. O presente artigo pretende fornecer um esboço panorâmico sobre a situação social do Budismo no campo religioso brasileiro. Para tanto, destacar-se-á as discussões que envolvem as pesquisas sobre essa religião no contexto acadêmico, apontando as problematizações centrais levantadas pelos especialistas. Será exposto o processo de implantação, desenvolvimento histórico e realidade atual dos diversos “Budismos” no país. Também, apresentar os dados estatísticos dos números, distribuição geográfica, e questões metodológicas da quantificação do Budismo em solo nacional. Tal trabalho pretender oferecer subsídios para introdutórios sobre o estudo do Budismo no Brasil.
Data de submissão: 30-05-2016. Aprovado em: dezembro de 2016.
Downloads
Literaturhinweise
AVELINE, Ricardo Strauch. As transformações históricas do Budismo e suas implicações ético-sociais. Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da UNISINOS – São Leopoldo, 2011.
CAMURÇA, Marcelo Ayres. A realidade das religiões no Brasil no Censo do IBGE 2000. In: TEIXEIRA, Faustino; MENEZES, Renata. As religiões no Brasil: continuidades e rupturas. Petrópolis: Editora Vozes, 2006.
GONÇALVES, Ricardo Mário. As flores do dharma desabrocham sob o cruzeiro do sul: aspectos dos vários “Budismos” no Brasil. Revista USP, São Paulo, n.67, p. 198-207, setembro/novembro, 2005.
MONTEIRO, Paula. Religião, modernidade e cultura: novas questões. In: TEIXEIRA, Faustino; MENEZES, Renata. As religiões no Brasil: continuidades e rupturas. Petrópolis: Editora Vozes, 2006.
REDYSON, Deyve. Os caminhos do dharma no Brasil: história e desenvolvimento do budismo no Brasil. Curitiba: CRV, 2016.
USARSKI, Frank. As “religiões orientais” segundo o Censo Nacional de 2010. In: TEIXEIRA, Faustino; MENEZES, Renata. Religiões em movimento: o censo de 2010. Petrópolis: Editora Vozes, 2013.
_______________. Conflitos religiosos no âmbito do Budismo internacional e suas repercussões no campo budista brasileiro. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 26(1): 11-30, 2006.
_______________. Declínio do Budismo “amarelo” no Brasil. Tempo Social – Revista de Sociologia da USP, 20/2, 2008, p.133-153.
_______________. O Budismo no Brasil - um resumo sistemático. In: USARSKI, Frank (org.). O Budismo no Brasil. São Paulo: Lorosae, 2002.
_______________(org.) O Budismo no Brasil. São Paulo: Lorosae, 2002.
_______________. O dharma verde-amarelo malsucedido – um esboço da situação acanhada do Budismo. Estudos Avançados, vol. 18, n. 52, 2004, p.303-320.
_______________. O momento da pesquisa sobre o Budismo no Brasil: tendências e questões abertas. Debates do NER, Porto Alegre, Ano 7, n.9, p.129-141, jan./jun. 2006.
Downloads
Veröffentlicht
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
A submissão de originais para a Paralellus implica a transferência, pelos autores, dos direitos de publicação eletrônica. Os direitos autorais para os artigos veiculados neste periódico são do autor; todavia, são da revista os direitos sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão fazer uso dos mesmos resultados em outras publicações se indicarem, claramente, que a Paralellus foi o meio originalmente utilizado. Em decorrência do fato de ser a Paralellus uma revista de acesso público, é permitida a utilização gratuita dos artigos em aplicações educacionais e/ou científicas não comerciais, desde que respeitando-se a exigência de citação da fonte (Texto atualizado em 16-11-2020).