A ASSOCIAÇÃO TRAPEIROS DE EMAÚS NO RECIFE: ENFRENTAMENTO AO RACISMO DE MÃOS DADAS COM A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.25247/paralellus.2020.v11n28.p375-395Palavras-chave:
Associação Trapeiros de Emaús, Educação popular, RacismoResumo
O artigo trata sobre uma experiência de enfrentamento ao racismo ocorrida num processo formativo da Associação dos Trapeiros de Emaús em Recife-Brasil. O objetivo do texto foi, através dos conceitos de teologia, filosofia e pedagogia da libertação em diálogo com a temática racial, apresentar uma vivência de educação popular que faz parte do Movimento Emaús Internacional vinculado à teologia da libertação. As técnicas de pesquisa utilizadas foram a análise documental e a pesquisa participante. O resultado foi a constatação de que os debates sobre a questão racial junto à juventude negra da periferia do Recife são sementes de processos potentes de libertação.Downloads
Referências
Anuário Brasileiro de Segurança Pública (10º). Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/produtos/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/10o-anuario-brasileiro-de-seguranca-publica. Acesso em: 09 jan. 2017.
ALVES, Jaime Amparo. Necropolítica Racial: a produção espacial da morte na cidade de São Paulo. Revista ABPN, v. 1, n. 3, 2011, p. 89-114, 2011.
ALVES, Jaime Amparo. From Necropolis to Blackpolis: Necropolitical Governance and Black Spatial Praxis in São Paulo, Brazil: Antipode Foundation Ltd, 2013.
ATLAS DA VIOLÊNCIA DE 2017. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/2/2017. Acesso em: 15 set. 2017.
BENTO, Maria Aparecida Silva. Juventude negra e exclusão radical: políticas sociais - acompanhamento e análise. Brasília: IPEA, 2015.
BRANDÃO, Carlos Rodriguez. Pensar a prática. São Paulo: Loyola, 1984.
BRASIL: Violência, pobreza e criminalização ‘ainda têm cor’, diz relatora da ONU sobre minorias. Disponível em: https://nacoesunidas.org/brasil-violencia-pobreza-e-criminalizacao-ainda-tem-cor-diz-relatora-da-onu-sobre-minorias/. Acesso em: 15 set. 2017.
BRASIL RECONHECE EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA EM AUDIÊNCIA NA OEA. Disponível em: http://www.global.org.br/blog/brasil-reconhece-exterminio-da-juventude-negra-em-audiencia-na-oea/. Acesso em: 15 set. 2017.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petrópolis: Vozes, 2011.
CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO. Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-poio/legislacao/segurancapublica/convenca....crime_genocidio.pdf. Acesso em: 30 ago. 2017.
CPI DO ASSASSINADO DE JOVENS – relatório final, Brasília, 2016.
DUSSEL, Enrique. Eurocentrismo y modernidad (introducción a las lecturas de Frankfurt). In: MIGNOLO, Walter. Capitalismo y geopolítica del conocimiento: el eurocentrismo y la filosofía de la liberación en el debate intelectual contemporáneo. Buenos Aires: Ediciones del signo, 2001. p. 57-70.
DUSSEL, Enrique (2005), “Transmodernidad e Interculturalidad: Interpretación desde la Filosofía de la Liberación” – Disponível em: http://www.afyl.org/transmodernidadeinterculturalidad.pdf. Acesso em: 20 out. 2018.
DUSSEL, Enrique. 20 teses de política. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciências Sociales; São Paulo: Expressão popular, 2007.
FLEURI, Reinaldo Matias. Educação Popular e complexidade. In: COSTA, M. V. (org.). Educação popular hoje. São Paulo: Loyola, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 32. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
FREIRE, Paulo. Educação com prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.
GONZALES, Lélia. Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira. In: Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, p. 223-244, 1984.
GT RACISMO - MINISTÉRIO PÚBLICO DE PERNAMBUCO, número 36, edição especial, publicação bimestral, 2014.
HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994.
Mais de 80% dos recifenses não confiam plenamente na PM. Disponível em: http://www.leiaja.com/noticias/2017/08/16/mais-de-80-dos-recifenses-nao-confiam-plenamente-na-pm/. Acesso em: 27 nov. 2017.
MANCE, Euclides André. Uma introdução conceitual às Filosofias de Libertação. Revista Libertação - Liberación, Nova Fase - Curitiba, IFiL, ano 1, n. 1, 2000a, p. 25-80.
MAPA DA VIOLÊNCIA 2016. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/170609_atlas_da_violencia_2017.pdf. Acesso em: 27 nov. 2017.
MBEMBE, Achille. Necropolitics. Public Culture, Duke, v. 15, n. 1, p. 11-40, 2003.
MISSE, Michel. Letalidade Policial e Indiferença Legal: A apuração judiciária dos ‘autos de resistência’ no Rio de Janeiro (2001-2011). DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social - edição especial. n. 1, 2015, p. 43-71.
MOUFFE, Chantal. The democratic paradox. London: Verso, 2005.
NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo. 2 ed. Brasília: Fundação Cultural Palmares; Rio de Janeiro: O.R. Editora, 2002.
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
OLIVEIRA, Eduardo (org.). Ética e movimentos sociais populares: práxis, subjetividade e libertação. Curitiba: Gráfica Popular, 2006.
PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS (PNAD) – 2013. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2013/default.shtm. Acesso em: 27 nov. 2017.
SALES, Ivandro da Costa. Educação popular: uma perspectiva, um modo de atuar (Alimentando um Debate). In: SCOCUGLIA, Afonso Celso; MELO NETO, José Francisco de (org.). Educação popular: outros caminhos. João Pessoa: Editora Universitária, 1999.
VAGAS, João Costa. A diáspora negra como genocídio: Brasil, Estados Unidos ou uma geografia supranacional da morte e suas alternativas. Revista da ABPN, v. 1, n. 2 – jul.-out. 2010, p. 31-65.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para a Paralellus implica a transferência, pelos autores, dos direitos de publicação eletrônica. Os direitos autorais para os artigos veiculados neste periódico são do autor; todavia, são da revista os direitos sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão fazer uso dos mesmos resultados em outras publicações se indicarem, claramente, que a Paralellus foi o meio originalmente utilizado. Em decorrência do fato de ser a Paralellus uma revista de acesso público, é permitida a utilização gratuita dos artigos em aplicações educacionais e/ou científicas não comerciais, desde que respeitando-se a exigência de citação da fonte (Texto atualizado em 16-11-2020).