“Viva ao Rei Nosso Senhor e morram os traidores”: a deposição do governador Sebastião de Castro e Caldas e as convulsões sociais na capitania de Pernambuco (c.1707-c.1711)
DOI:
https://doi.org/10.25247/hu.2020.v7n14.p495-508Palavras-chave:
Governador, trajetória, sublevação.Resumo
Neste artigo, propomos um estudo sistemático acerca das convulsões sociais na capitania de Pernambuco com a saída do governador Sebastião de Castro e Caldas que assumiu o governo da capitania entre junho de 1707 e novembro de 1710. A figura do governador é um dos principais motores da administração colonial, ele é responsável pelo controle militar, defesa do território e detém vasta “autonomia” para negociar com os poderes locais. Ao longo deste artigo será discutido o contraste entre a documentação normativa que norteava a atuação político-administrativa desses agentes na América Portuguesa e a realidade da prática governativa, levando em consideração a busca por ascensão e prestígio social e a defesa dos interesses reais nas conquistas ultramarinas. E identificar as convulsões sociais na capitania da de deposição do governador.
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