“Temos nosso próprio tempo”: os desafios de ensinar história aos adolescentes-jovens contemporâneos
DOI:
https://doi.org/10.25247/hu.2018.v5n9.p91-105Palavras-chave:
Adolescentes-Jovens, Ensino Médio, Ensino de História.Resumo
A cultura histórica contemporânea tem desafiado pesquisadores (as) e professores (as) de história a (re) pensarem o processo de aprendizagem histórica de crianças, adolescentes e adultos. Assim, buscando compreender como essa geração engajada, curiosa, conectada e interativa aprende história, apresentaremos, neste artigo, uma reflexão sobre a influência do novo regime de historicidade (presentismo) na construção dos sentidos e o impacto causado no pro-cesso de didatização do saber histórico (forma e conteúdo). Para tal, usaremos os dados coletados na pesquisa reali-zada com adolescentes-jovens matriculados no 3º ano do Ensino Médio em escolas públicas e privadas da Região Metropolitana da cidade do Recife, observando a partir dos conceitos de Evidências da Aprendizagem (Lefrançois), Cultura Histórica (Rüsen), Cultura histórica escolar (Gabriel) e Presentismo (Hargot) questões pertinentes a: esti-los e estratégias de ensino usadas nas aulas de história e o impacto das NTICs no planejamento da prática pedagó-gica dos (as) professores (as), o papel da história na vida prática dos estudantes e o conhecimento histórico dos adolescentes-jovens sobre história do Brasil. O presente texto traz os resultados parciais de pesquisa, mostrando que existe uma nova forma de pensar historicamente (operar), pautada no procedimento de reflexão que parte do presente para o presente, distancia-se do tradicional processo de aprendizagem instituído pela historiografia e chan-celado pelo espaço escolar, por se basear na clássica formula baseada na leitura dos fatos a partir do presente para passado ou passado para presente. Essa nova forma de pensar historicamente é estimulada pela história pública.
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