“O LIXO VAI FALAR E NUMA BOA”: REFLEXÕES DE LÉLIA GONZALEZ NO ENSINO DE HISTÓRIA ANTIRRACISTA
Palavras-chave:
Ensino de História, Antirracista, ERERResumo
Este artigo é uma continuidade do trabalho reflexivo e analítico sobre a falta de visibilidade do protagonismo negro no currículo de História e nos livros didáticos. Apesar das lutas dos movimentos sociais negros em favor da inclusão e da garantia de direitos da população negra, das quais resultaram na promulgação da Lei 10.639/03 há vinte e um anos, da conquista da Lei de Contas e do avanço das discussões em relação à Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER), é perceptível que ainda precisamos refletir sobre a permanência de narrativas e práticas de caráter eurocêntrico no ambiente escolar. Nesta perspectiva a intelectual Lélia de Almeida Gonzalez nos convida a pensar e falar sobre as relações de sociabilidade no Brasil a partir da intersecção de gênero, raça e classe, que atravessam corpos e mentes, assim como nos propõe a construção de diálogos e pontes para um ensino de História combativo e antirracista, que retire o(a)s inviabilizado(a)s das margens da História, dando-lhes vez, voz e humanidade dentro dos debates historiográficos.
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