O APAGAMENTO CULTURAL DOS POVOS ORIGINÁRIOS A LUZ DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

Autores

  • Mario Guilherme de Oliveira Universidade Católica de Pernambuco Autor

Palavras-chave:

Bibliografia natural, Antepassados, Apagamento Histórico e Cultural

Resumo

Numa pesquisa sobre nossos antepassados, em geral, não conseguimos encontrar com facilidade informações ligadas à sua árvore genealógica, contudo, os resultados passíveis de consulta variam dependendo da história e do local de origem ancestral averiguados, e, isso, se intensifica devido ao apagamento histórico das raízes das primeiras civilizações que residiam no Brasil, antes da colonização. Desde a chegada dos colonizadores no século XV e com eles a vinda de diferentes povos, ocorreu um processo de mescla cultural entre os povos originários, colonizadores e pessoas escravizadas, sendo esse evento trans temporal, um dos elementos mais significativos e gerador do enfraquecimento das identidades dos povos originários. Por essa razão, as gerações atuais não têm acesso a composição original da identidade indígena, que fora destruída e suprimida a força, numa tentativa de extinção do que foi considerado por muito tempo cultura selvagem. Hoje podemos ver um brando na linha do tempo que traz consigo toda a história originária de povos que lutaram para não serem apagados e retirados de suas terras e de suas marcas a um simples dia comemorativo. A rivalidade entre indígenas e brancos ainda é visível, em especial, nas disputas que insistem em negar a legitimidade das reservas indígenas. Nesse sentido, este trabalho visa por meio de escritos, entrevistas, documentários e dos métodos quantitativo e bibliográfico, esclarecer, estudar e entender o motivo do apagamento cultural dos povos originários do Brasil pelo domínio português e do capitalista extrativista desordenado que insiste em negar os direitos adquiridos pelas comunidades indígenas.

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Publicado

2024-04-05

Como Citar

O APAGAMENTO CULTURAL DOS POVOS ORIGINÁRIOS A LUZ DOS MOVIMENTOS SOCIAIS. (2024). COLÓQUIO DE HISTÓRIA DA UNICAP, 17, 169-182. https://www1.unicap.br/ojs/index.php/coloquiodehistoria/article/view/2664

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