Quando falar é fabular: a simultaneidade da civilização segundo Levinas[When to speak is to fable: the simultaneity of civilization in Levinas’ thought]

Autores

  • Marcelo Fabri

DOI:

https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2013.v1n2.p07-22

Resumo

O artigo parte de uma conferência de 1948, intitulada Parole et silence, na qual Levinas sustenta a seguinte tese: “O silêncio é o elemento da razão”. Nosso percurso se dará em três momentos: 1) A palavra rompe o silêncio do logos impessoal porque é temporalidade viva, relação inter-humana, ou seja, é relação entre unicidades irredutíveis. A palavra que pode quebrar o silêncio da razão é o acontecimento do “outro” sob a forma de sucessão temporal; 2) a palavra é também criadora de “presente” ou simultaneidade, pois é isso que funda a civilização, entendida como passagem do sucessivo ao simultâneo. Em Levinas, o inefável (ineffable) da relação com a alteridade a algo que terá de ser dito (le fable), fazendo dos indivíduos personagens de uma narrativa; 3) finalmente, descreve-se a palavra como luta incessante com as mitificações que dela podem surgir, ou seja, que decorrem da própria ação de “fabular”. Pode-se, pois, notar o quanto Levinas fora infl uenciado por Bergson, preocupandose em descrever, à sua maneira, o contraste entre duração e simultaneidade, entre uma moral fechada e uma moral aberta.

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Publicado

2015-01-14

Como Citar

FABRI, Marcelo. Quando falar é fabular: a simultaneidade da civilização segundo Levinas[When to speak is to fable: the simultaneity of civilization in Levinas’ thought]. Revista Ágora Filosófica, Recife, PE, Brasil, v. 13, n. 2, p. 07–22, 2015. DOI: 10.25247/P1982-999X.2013.v1n2.p07-22. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/471.. Acesso em: 23 dez. 2024.