O homem como fim terminal no projeto de paz perpétua kantiano
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2024.v24n2.p249-264Palavras-chave:
Fim terminal. , Paz perpétua, Immanuel Kant, Filosofia políticaResumo
O objetivo deste artigo é refletir sobre a temática do homem como fim terminal no projeto de paz kantiano, considerando a necessidade de compreender o papel do indivíduo, enquanto sujeito moral, nos passos para a paz perpétua. Para isso, efetua-se uma análise dividida em duas partes, na qual se avaliará, num primeiro momento, o conceito de fim terminal na filosofia kantiana e suas correlações nos âmbitos do progresso do gênero humano e sua consequente dignidade; e, num segundo momento, o papel do homem enquanto sujeito moral atuante na formação de uma comunidade civil capaz de administrar o direito e seus decorrentes no pensamento do direito público kantiano. Por fim, será exposto o papel do homem, enquanto fim terminal da criação, na superação de sua condição mecanicista de existência para sua consequente atuação como sujeito moral na criação de uma sociedade civil que ruma em prol da efetiva paz perpétua.
Downloads
Referências
ALTMAN, Matthew C. Kant and applied ethics: the uses and limits of Kant’s practical philosophy. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 2011.
ANDERSON-GOLD, Sharon. Kant’s ethical anthropology and the critical foundations of the philosophy of history. History of Philosophy Quarterly. v. 11, n. 4, p. 405-419, 1994.
DENIS, Lara. Individual and collective flourishing in Kant’s philosophy. Kantian Review. v. 13, n. 01, p. 82-115, 2008.
FERRAZ, Carlos Adriano. Acerca do papel do juízo teleológico na realização do sumo bem moral em Kant. Studia Kantiana. n. 9, p. 88-117, 2009.
HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant. Tradução: Christian Viktor Hamm e Valério Rohden. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
HÖFFE, Otfried. O ser humano como fim terminal: Kant, Crítica da faculdade do juízo, §§ 82-84. Studia Kantiana. n. 8, p. 20-38, 2009.
KANT, Immanuel. A metafísica dos costumes. (MS) AA06: 1797. Tradução: Edson Bini. Bauru: EDIPRO, 2003.
KANT, Immanuel. À paz perpétua. (ZeF) AA08: 1803. In: À paz perpétua e outros opúsculos. Tradução: Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2016.
KANT, Immanuel. Antropologia de um ponto de vista pragmático. (Anth) AA07: 1798. Tradução: Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.
KANT, Immanuel. Conjectures on the beginning of human history. (MAM) AA08: 1786. In: Kant: Political Writings. Trans. H. B. Nisbet. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.
KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. (KU) AA05: 1790. Tradução: Valério Rohden e Antonio Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. (GMS) AA04: 1785. Tradução: Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 2007.
KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. (IaG) AA08: 1784. Tradução: Rodrigo Naves e Ricardo Terra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
KANT, Immanuel. Sobre a pedagogia. (Päd) AA09: 1803. 2. ed. Tradução: Francisco Cock Fontanella. Piracicaba: Unimep, 1999.
KLEMME, Heiner. Filosofia política de Kant: moral e direito na perspectiva histórica e futura. Kant e-Prints. v. 5, n. 4, p. 08-61, 2010.
MUNZEL, G. Felicitas. Kant’s conception of moral character: the “critical” link of morality, anthropology, and reflective judgment. Chicago/London: The University of Chicago Press, 1999.
NODARI, Paulo César. Humanidade e dignidade em Kant. Veritas. v. 61, n. 1, p. 107-129, 2016.
PINHEIRO, Celso de Morais. Sociedade justa: palco para o progresso moral do homem em Kant. Ethica. v. 3 n. 2, p. 145-162, 20004.
SCHERER, Fábio César. Da garantia do progresso do gênero humano no Kant tardio. Studia Kantiana, v. 15, n. 3, p. 05-21, 2017.
SENSEN, Oliver. Kant on human dignity. Berlin: De Gruyter, 2011.
SUPRENANT, Chris W. Cultivating virtue: moral progress and the Kantian state. Kantian review, v. 12, n. 1, p. 90-112, 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Cleiton Marcolino Isidoro dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista Ágora Filosófica o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que reconheça e indique a autoria e a publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento depois da conclusão de todo processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).