Boletim Unicap

Unicap se despede do Professor José Ernani (Mestrinho)

A manhã desta sexta-feira (26) foi marcada por muita emoção. Parentes, amigos, colegas e ex-alunos estiveram na Capela da Universidade para dar o último adeus ao Professor José Ernani. Uma missa de corpo presente foi celebrada antes de o cortejo seguir para a terra natal de Mestrinho.

O professor José Ernani nasceu em Sairé, Agreste de Pernambuco, no dia 2 de janeiro de 1936. Era de família de classe média, dona de cartório na cidade. Ainda muito jovem, migrou para o Recife. Fez quatro graduações: Sociologia (na época Ciências Sociais), História, Direito e Filosofia.

“Ele começou a ensinar antes mesmo de concluir a primeira graduação”, conta a amiga Kátia Maria de Carvalho, auxiliar administrativa do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH) da Unicap, onde trabalha há 42 anos e que conheceu o professor menina, aos quatro anos de idade. ‘Sou suspeita para falar dele porque sou fã”, afirmou bastante emocionada.

Além da Unicap, o professor Ernani lecionou na Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire) e foi um dos fundadores da Funeso (Fundação de Ensino Superior de Olinda). Ingressou na Universidade Católica de Pernambuco em 1º de agosto de 1973, permanecendo até 26 de setembro de 2012. Ele foi vinculado à Licenciatura em História, do CTCH.

Mestrinho, como era carinhosamente chamado pelos alunos (e foram muitos), era um apaixonado por história. Ele lecionou em várias turmas de especialização em História do Nordeste. “Mas era mesmo apaixonado pela história de Pernambuco. Era o xodó dele”, conta Kátia.

Zé, como era conhecido pelos mais íntimos, desenvolvia um trabalho voluntário no bairro de San Martin, Zona Oeste do Recife, onde morava. “Lá na comunidade ele e a esposa faziam uma sopa e distribuíam pão aos mais pobres”, diz Kátia.

Ela define Mestrinho como uma pessoa “autêntica, dinâmica, de bom humor e de uma ironia fina e inteligente”. José Ernani deixa a mulher, um casal de filhos e outro casal de netos. O corpo dele foi levado para Sairé. Antes do sepultamento, a cidade prestou uma homenagem.

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