Tereza Halliday e Emerson Pontes participam do IV Encontro de Literatura Infanto-Juvenil da Católica

O IV Encontro de Literatura Infanto-Juvenil da Unicap, que homenageia este ano a escritora e fundadora da Editora Bagaço Elita Ferreira, recebeu na terça-feira (8) o ilustrador Emerson Pontes e a ex-aluna e ex-professora do Departamento de Comunicação  Tereza Halliday, que hoje gosta de ser denominada de artesã de textos. Organizado pelo professor do curso de Letras Robson Teles, o evento teve como coordenador da mesa o professor da Unicap Fanuel Barretos.

O primeiro a falar foi o ilustrador Emerson, que tem no currículo 10 livros infantis. Ele abordou o tema “Ilustração em literatura infanto-juvenil. Em busca de um elo perdido com a criança!”. Emerson trouxe várias referências para sua apresentação, dentre elas o clássico livro da literatura infanto-juvenil, O pequeno príncipe, para comentar o poder do lúdico na produção da criança e representar o universo em que trabalha o ilustrador que se dedica a esse meio.

Em seguida, Tereza Halliday, autora do livro Eita, menina sabida!, no qual a personagem principal recebe o nome de Elita, apresentou para os presentes uma breve história da sua trajetória no universo da literatura infanto-juvenil e a participação de Elita Ferreira nesta caminhada. Além desse relato, Tereza também fez questão de lembrar o tempo em que estudou na Católica “quando ainda só existia aquele prédio em ‘S’”, referindo-se ao bloco A. “É uma alegria muito grande voltar a esta casa. Aqui eu tive o grande privilégio de ser aluna do professor e ex-reitor Padre Aloísio Môsca de Carvalho, nome hoje da biblioteca central”, ressaltou Tereza.

No fim da noite, seis comunicações produzidas por alunos foram apresentadas. Dentre elas, chamou atenção a da pedagoga pós-graduada em filosofia pela UFPE, Rosimary Silva do Nascimento. Professora da escola da rede pública Cristo Redentor, em Jaboatão dos Guararapes, apresentou para todos os resultados de um trabalho de alguém apaixonado pelo que faz. “Essa era a turma mais difícil da escola. Eram crianças de faixa etárias diferentes e apenas três crianças sabiam ler, mas ler no sentido de decodificar. Hoje revertemos essa situação, dos 25 alunos apenas três ainda não sabem ler”, lembrou Rosimary, que durante todo o ano letivo fez um trabalho de leitura deleite para encorajar seus alunos ao aprendizado. O resultado final foi uma coincidência. A cordelista Érica Montenegro de Mélo convidou a turma de Rosimary e mais duas outras turmas também da rede pública para produzir um livro de cordel intitulado “Sustentabilidade e cultura de paz”, que foi lançado na VIII Bienal Internacional do Livro no dia 30 de setembro por meio do projeto “Nas ondas da leitura”. “Normalmente a autoestima deles é baixa e isso fez com que eles vissem que são capazes de construir algo”, falou a professora orgulhosa de seus alunos, que também produziram todas as ilustrações do livro.

 

fotos: Paulo Maia