Tecnologia no Ensino foi tema da I Semana de Química da Católica
|A Licenciatura em Química da Universidade Católica de Pernambuco realizou, nos dias 30 e 31 de agosto, no Auditório Dom Helder Camara, no hall do bloco A, sua I Semana de Ensino de Química, com o tema “Tecnologia no Ensino de Química”. O evento foi organizado pelo coordenador do curso, professor José Edson de Souza; pela coordenadora do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – Pibid, do curso, professora Lúcia Fernanda, e pelo professor Rafael Fonseca.
O objetivo da Semana foi mostrar aos alunos da Licenciatura em Química a necessidade deles se capacitarem para atuar nesta realidade de salas de aulas modernas, com Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs, e acompanharem as inovações tecnológicas, para saberem orientar seus alunos. Segundo o coordenador, professor José Edson, o viés foi química, mas o tema abrange todas as áreas. “Queremos motivar aos licenciandos das diversas áreas para que eles atentem para esse detalhe e se preparem para usar didaticamente as TICs no ensino”, explica.
No primeiro dia, o evento contou com a palestra do Vice-reitor da UFRPE e professor de Química da instituição, Prof. Dr. Marcelo Carneiro Leão, que falou sobre “As Tecnologias da Informação e Comunicação no Ensino de Química: Uma Abordagem com Atributos da Flexibilidade Cognitiva”.
Professor Marcelo Carneiro Leão, Pós-doutor no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação no Ensino de Ciências, pela Universidade de Barcelona, Espanha, tratou em sua palestra sobre o uso das TICs no ensino da Química. Ele mostrou quais são os recursos, de hoje, que são utilizados e suportados pelas tecnologias, trabalhando as estratégias didáticas no uso desses recursos. “Como eu gosto de falar, mais importante que qualquer recurso, nesse caso computadores, smartphones, TICs, são as estratégias didáticas aplicadas para que a gente não fique encantado com as novas tecnologias e perca a essência que é o mais importante. Por exemplo, a internet é um recurso. Eu posso pedir a um aluno que faça um trabalho, utilizando a internet, para me entregar no final de 30 dias. Ele vai me entregar no prazo o trabalho, que a gente não sabe se é dele. Normalmente é um trabalho, que ele talvez não tenha construído. Quando eu posso pegar esse mesmo recurso e fazer uma metodologia de trabalho com ele no laboratório, construindo passo a passo, entrando nos sites, construindo o aprendizado e, no final, ele entrega um produto que eu sei que é dele e que para ele fazer, ele construiu de fato o conhecimento sobre o assunto”, explicou o palestrante.
Para o professor Marcelo Carneiro Leão, abordar essa temática na I Semana de Ensino de Química, é importante porque “a gente precisa dar uma reestruturada, dar uma capacitação nova aos licenciandos e aos professores da ativa, para que eles possam se adequar a esse novo mundo em que vivemos. Eu costumo, também, dizer que o mundo hoje é rico em informações, estímulos tecnológicos, etc. e a escola ainda, por vezes, é extremamente antiga. A gente precisa agregar isso aqui.”
Continuando, o palestrante falou sobre os desafios. “Primeiramente, você entender que hoje existe mais informações na rede do que o próprio professor detém. Então, ele tem que mudar um pouco a perspectiva daquele professor que tinha o domínio de todo o conteúdo, para ser um mediador dessas informações que, por vezes, nem ele está sabendo, no momento. Outro desafio é fazer com que o aluno que, hoje, está fora da sala de aula no smartphone, está na internet, está em tanta coisa trocando informação, construindo conhecimento, de forma tão lúdica e tão intuitiva, quando vá para a escola, essa escola não pode ficar naquela mesma forma chata, cansativa. O desafio do professor é tentar trazer esse aluno para dentro da sala de aula, criando um ambiente muito parecido com que o aluno vivencia no seu cotidiano”, conclui professor Marcelo Carneiro Leão.
No último dia da I Semana de Ensino de Química, foi realizada uma mesa-redonda com o tema “O uso de tecnologias do ensino”, com a participação do professor Marcelo Carneiro Leão, com o diretor do Centro de Ciência Biológicas e Saúde – CCBS da Católica, Luiz Vital; e o professor do Senac, que trabalha o uso dos tablets associados ao ensino da matemática, Jabson Alves dos Santos.
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