Simcomfisio discute a presença da fisioterapia na comunidade

Fisioterapia na comunidade: uma alternativa viável? Este foi o tema que serviu de ponto de partida para as discusssões do 2º Simpósiio Comunitário de Fisioterapia (Simconfisio), que começou na tarde desta quarta-feira (16), no auditório G1 da Universidade Católica de Pernambuco. A abertura contou com as presenças do diretor do Centro de Ciências Biológicas e Saúde, professor Aranildo Rodrigues, que representou o Reitor, Padre Pedro Rubens; do coordenador do curso de Fisioterapia, professor Paulo Veiga; e do coordenador do evento, professor Nelson Henrique Lopes.

“A Fisioterapia vem ocupando cada vez mais espaço nas equipes de saúde. Até porque o conceito de saúde está mudando com o surgimento das doenças crônicas e degenaritivas em função do envelhecimento da população, cada vez maior. Não que velhice, ncessessariamente, seja sinônimo de doença”, reassaltou Aranildo Rodrigues ao dar as boas vindas ao público presente. Já o professor Paulo Henrique enfatizou o aumento do mercado de trabalho em função as vagas surgidas na saúde pública. “A política pública de saúde no Brasil tem se voltado cada vez mais para a atenção à sáude básica e por isso precisamos defender a atuação do fisioterapeuta nesta área”,  frisou o professor.

O coordenador do evento relembrou a primeira edição do Simconfisio e já convidou o público para a terceira edição do simpósio em  2012. “A realidade está muito distante do que desejamos. Vamos levar a Fisioterapia, o nosso conhecimento, às comunidades. Temos que mudar a realidade da qual fazemos parte. Para isso, precisamos fazer deste evento uma mobilização”, disse ele em tom de convocação.

Pensamento compartilhado pelo professor da Unicap Eduardo Lins, que também fez parte da abertura do Simconfisio. “Os centros comunitários de Fisioterapia são o maior campo de trabalho para nós.  Nos ajude a tornar essa realidade possível”. Segundo a análise do professor, até meados da década de 90, a atuação dos fisioterapeutas se restringia à iniciativa privada. “Mas de 95 pra cá, isso vem mudando, pricipalmente depois da implantação do Programa de Saúde da Família (PSF), o que vem gerando nova demanda de usuários, portadores de doenças crônicas e degenerativas”.

A amplicação do mercado profissional no setor público também foi discutida pelo convidado especial do Simconfisio, o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Pernambuco (Crefito-Pe), Silano Barros. De acordo com ele, novas áreas dentro do poder público estão surgindo como as Fisioterapias do Trabalho e Forense. “Isto sem contar com maior presença do fisioterapeuta nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família”.  Silano disse que o mercado está passando por uma fase de ajustes.  “Nos últimos anos, o número de cursos aumentou em 900%. O mercado está saturado, mas tende a melhorar”.

A esperança para quem se forma agora, segundo Sileno, em parte, está na instrução normativa decretada pela Anvisa que determina que a cada dez leitos de UTI, a unidade hospitalar (seja ela pública ou privada) incorpore à equipe médica um fisioterapeuta com turno de 18 horas. A nova regra passa a valer a partir de fevereiro de 2013. A expectativa é de que, somente pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, surjam 400 novos postos de trabalho.

A programação do Sincomfisio continua nesta quinta e sexta-feira. Veja a programação de amanhã.