Seminário de Engenharia Civil discute estruturas e fundações
|Os aspectos geotécnicos e estruturais foram tema do II Seminário Pernambucano de Estruturas e Fundações. O evento promoveu nove palestras ao longo desta quarta-feira (16) no auditório G2 da Universidade Católica de Pernambuco. A iniciativa foi fruto de uma parceria entre o curso de graduação, o mestrado em Engenharia Civil da Unicap, o Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon) e a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS).
O primeiro palestrante foi o docente da Universidade Federal de Pernambuco, Prof. Dr. Silvio Romero. O ex-professor da Católica abordou as influências dos solos problemáticos nas estruturas das fundações. Romero começou falando sobre os aspectos de compressibilidade, permeabilidade e volume. Ele também destacou algumas ações a serem adotadas pelos engenheiros nas fases de projeto ou execução.
“O mais importante é evitar o problema, removendo ou substituindo o solo problemático (estando atento aos possíveis danos ambientais), tratar as propriedades mecânicas do solo ou desenvolver o projeto de forma a conviver com os problemas”.
As fundações foram o ponto central da palestra do Prof. Dr. Alexandre Gusmão, da UPE e IFPE. Ele abordou os sistemas de estacas tipo hélice contínua e as de perfil metálico. De acordo com ele, a primeira consiste na perfuração do solo e do seu preenchimento com concreto, seguido da colocação da armadura de ferro ainda no cimento fresco.
“São estacas boas porque podem se adaptar a prédios de alto ou pequeno porte”, disse ele especificando algumas medidas que variam de 300 a 1000 mm de diâmetro e 30 metros de comprimento. Já a fundação de hélice metálica, segundo o palestrante, é aquela que usa trilhos de aço em sua estrutura. “São usadas em obras de maior porte a exemplo do Le Parc, em Boa Viagem”. Ao final, Gusmão mostrou um quadro comparativo entre os dois métodos.
O último palestrante da tarde foi o Prof. Dr. Joaquim Romão, da Unicap. Ele mostrou estudos de casos sobre a estimativa de probabilidade de ruína em fundações. Joaquim apresentou fórmulas e cálculos desenvolvidos em pesquisas para trabalhos de conclusão de curso, artigos e dissertações. Entre eles os estudos sobre os prédios do tipo caixão que apresentaram problemas na Região Metropolitana do Recife.