Boletim Unicap

Segundo dia do minicurso de Herpetologia foi voltado para o estudo e pesquisa de répteis

Aconteceu na manhã desta quarta-feira (28) o segundo e último dia do minicurso sobre Herpetologia, a ciência que estuda os anfíbios e répteis. As aulas foram ministradas pela professora Íris Melo, graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco. Além de mostrar as espécies de répteis que podem ser encontradas em Pernambuco, Íris também deu um direcionamento para os que se interessam em pesquisar esses animais.

O minicurso faz parte da 1ª Semana do Estudante de Biologia da Universidade Católica de Pernambuco e teve início nessa terça-feira (27), com uma exposição sobre os anfíbios: quem são e onde podem ser encontrados em Pernambuco. Elizardo Lisboa é estudante do 6º período de Ciências Biológicas da Unicap e está na organização do evento. “A intenção dos minicursos é de fazer com que os estudantes conheçam as áreas de atuação do profissional de Biologia e para que tenham iniciativa para fazerem pesquisas nessas áreas”, afirmou.

Na aula desta quarta-feira, a professora Íris mostrou diversas famílias da Classe Reptilia, ressaltando suas características físicas,  dando exemplos de espécies que podem ser encontradas no estado e os locais propícios para se encontrar determinado animal. Serpentes, tartarugas, lagartos e jacarés são alguns dos animais que se encaixam na classificação dos répteis.

De acordo com Íris, os répteis foram os primeiros vertebrados inteiramente terrestres; são diversificados e abundantes; se adaptaram a ambientes aquáticos e terrestres; possuem escamas epidérmicas cornificadas; coração com três ou quatro câmaras; não apresentam brânquias e o sistema nervoso tem 12 pares de nervos cranianos…”. No estado de Pernambuco esses animais podem ser encontrados com mais abundância nas regiões de Mata Atlântica e Caatinga.

Ao final da aula, a bióloga deu algumas perspectivas com relação à pesquisa desses animais no Estado. “Eu diria que é uma área promissora, principalmente porque os répteis são pouco estudados na região, sobretudo as espécies dos lagartos. A Caatinga é onde podemos encontrar mais incidência desse tipo de animal. Essa área é tão pouco explorada que, na semana passada, uma professora encontrou no Vale do Catimbau um lagarto que, além de ser uma espécie nova, era também de um novo gênero”, contou Íris.

O nome científico desse lagarto, que até então era desconhecido, é Scriptosaura Catimbau. Foram encontrados na região, muitos indivíduos desse mesmo animal, o que revela que a região precisa ser explorada. “Assim como esse lagarto, podem existir outras espécies no local que ainda não foram catalogadas”, afirmou a bióloga. Ela também ressaltou a importância de se preservar, não apenas essas novas espécies, como também as que já foram identificadas.

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