Segundo dia da 11ª Semana da Mulher começa com palestra sobre “Direito de entregar o filho à adoção”
|O segundo dia da 11ª Semana da Mulher na Unicap teve início com mesa redonda sobre “Direito de entregar o filho à adoção”, que contou com a participação da diretora do Centro de Ciências Jurídicas da Unicap e defensora pública do Estado, ProfªDrªMaria Luiza Ramos; da coordenadora de Pesquisa da Unicap, Profª.Drª.Edilene Freire de Queiroz. A mediação ficou a cargo da Prof.MSc Maria Rita de Holanda Silva Oliveira, presidente do IBDFAM-PE – Instituto Brasileiro de Direito de Família de Pernambuco.
Quem abriu a mesaa foi a Profª.Drª.Maria Luiza, que ressaltou a importância de se discutir temas sobre adoção: “Essa temática é de largo interesse. A mulher tem o direito de escolher e decidir quais vão ser os seus projetos de vida, ou seja, se ela quer ou não constituir uma família ou ter filhos (as)”. A professora também explicou melhor a diferença de Maternidade x Maternagem, e citou um exemplo: ” Quando a mulher tem uma gravidez indesejada, ela está passando pela maternidade, porém, ela não possui a maternagem, que significa uma decisão consentida, uma escolha da mulher ou do casal em serem pais.” Ela abordou também o conceito histórico de que a mulher carrega assim que fica adolescente e começa a namorar de que vai casar, ter filhos e cuidar da família. Foram mostrados também ao público alguns artigos da legislação brasileira que preveem o direito das mulheres em decidir o planejamento familiar, que inclui a entrega do filho (a) para a adoção.
A Profª.Drª.Edilene Queiroz afirmou, durante a sua apresentação, que os consultórios estão cheios de jovens que não tiveram precaução e engravidaram “A partir disso ‘algumas’ mães acabam por não criar um vínculo com a criança gerada, aí começa a vontade de entregar o bebê para adoção, porém, a gente possui um trabalho que pode fazer com que a mãe comece a criar um sentimento maternal”, ressaltou.
A Prof.MSc.Maria Rita de Holanda enfatizou:”Muitas pessoas acham que quando a mãe entrega seu filho para adoção, ela está renunciado ao filho (a), e isso não é verdade. Essa entrega não poder ser vista como renúncia”.
E ao final do debate, o público pode interagir com as palestrante, fazendo perguntas, trazendo questionamentos e tirando dúvidas.