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Relação entre Ciência e Fé marca aula inaugural de 2016 na Pós-graduação

Fotos: Gustavo Gloria
Fotos: Gustavo Gloria

Um debate sobre a relação entre a Ciência e a Fé marcou a aula inaugural do semestre 2016.1 dos Programas de Pós-graduação da Católica. A palestra, que aconteceu no anfiteatro do bloco G4 na tarde desta segunda (15), foi proferida pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco e doutor em genética, Elias Oliveira Silva.

Durante a palestra, Elias abordou aspectos que estão presentes no livro Conversando sobre Ciência, escrito por ele. O professor começou com uma provocação à plateia. “A experiência é a única fonte de conhecimento?”

Semana Docente__2Para responder ao questionamento, Elias contou a história do químico Friedrich August Kekulé Von Stradnitz (1829-1896) que descobriu a molécula do benzeno a partir de um insight durante um cochilo. “Quando se trata de conhecimento, o acaso e a descoberta só vêm à tona se a mente estiver preparada”.

O geneticista também estabeleceu uma relação entre os grandes cientistas e suas mulheres. “Freud, Lavoisier… esses criadores talvez não tivessem a obra que têm se não fosse a colaboração das mulheres. Foram grandes mulheres que tomaram conta das misérias do cotidiano e os deixaram livres para produzir”.

A ligação entre ciência e religião foi exemplificada por Elias com base na biografia de Albert Einstein. De acordo com ele, o físico alemão era judeu e foi duramente perseguido pela Alemanha nazista de Hitler. “A ditadura nazista dizia que a Teoria da Relatividade era uma fraude judaica. Mas o fato é que o conhecimento científico é amoral. O mau uso é feito por políticos, militares e ambiciosos”, disse Elias ao explicar que Einstein nunca foi praticante de religião, mas se dizia religioso e admirador de Benedito Spinoza (filósofo holandês que acreditava que Deus se concretizava na natureza).

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