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Qualidade de vida e saúde no trabalho foi tema de palestra para funcionários da Católica

Fotos: Alex Costa
Fotos: Alex Costa

Dentro da XXV Semana de Estudos Docentes e do XI Fórum de Funcionários da Universidade Católica de Pernambuco, que neste ano aborda o tema: “As faces de nossa identidade: memórias e perspectivas”, foi realizada a palestra Qualidade de Vida e Saúde no Trabalho, apresentada pela ex-aluna do Mestrado em Psicologia da Católica Diana Nunes.

A palestra aconteceu na manhã desta quinta-feira, dia 29, às 10h, no auditório G1. Diana Nunes é mestre em Psicologia Clínica, especialista em Saúde do Trabalhador e psicóloga do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), de Jaboatão dos Guararapes.

16-Em sua exposição, a palestrante abordou questões sobre qualidade de vida versus saúde; qualidade de vida no trabalho, além de respostas de trabalhadores anônimos para a seguinte pergunta: O que é um trabalho com qualidade de vida? Acompanhe algumas respostas:

“Você trabalhar com disposição, alegria, sentindo que é útil e que o seu trabalho é valorizado pela chefia.”

“Sentir muito prazer e pouco incômodo em trabalhar, sendo reconhecido e valorizado.”

“Acordar pela manhã e não ter vontade de chorar só de pensar em ir para o trabalho.”

“Ter as condições básicas de trabalho satisfeitas: bom ambiente, limpeza, iluminação, equipamentos adequados, salário condizente, possibilidade de inovar, perspectiva de carreira.”

Foram apresentadas também respostas anônimas sobre: O que é um trabalho sem qualidade de vida? Acompanhe abaixo:

“O volume de trabalho é muito grande e, muitas vezes, a pressão é grande. Isto faz com que alguns trabalhem bem mais do que outros, que muitas vezes estão desestimulados.”

“Todo o trabalho tem de ser executado imediatamente; não existe uma programação prévia.”

“Insuficiência de funcionários para o número de processos.”

“A comunicação dos objetivos é deficiente; os funcionários não sabem qual seu papel adequadamente; muitos da chefia não possuem conhecimentos gerenciais.”

Diana Nunes apresentou, também, o Programa de Qualidade de Vida no Trabalho (PQVT), o porquê e sua importância para as organizações, como e onde começar a implantar e suas diretrizes.

Por fim, citou alguns exemplos de ações do PQVT, como:

Criação de um grupo de trabalho composto por representantes intersetoriais da instituição com a missão de fazer a prevenção do estresse por meio de pesquisa científica diagnóstica e avaliação continuada, visando a recomendar e acompanhar as ações voltadas para gestão da organização do trabalho dos diferentes setores da organização;

Desenvolver atividades em grupos diagnosticados como críticos para redesenhar as condições, a organização e as relações sociais de trabalho visando a construir um coletivo de trabalho e promover o desenvolvimento de autonomia e competência que possibilitem a participação efetiva dos trabalhadores na gestão própria do trabalho;

Realizar atividades voltadas para o desenvolvimento de sessões coletivas, com diferentes grupos ocupacionais, para a análise e elaboração de estratégias de intervenção voltadas para o enfrentamento de cada indicador crítico identificado na pesquisa diagnóstica, desenvolvendo ações para manter o que tem de positivo e, ao mesmo tempo, reduzir e/ou eliminar os aspectos negativos;

Realizar acompanhamento sociofuncional de grupos ocupacionais.

Em suas considerações finais, Diana Nunes disse que “a prevenção passa pela visibilidade do mal que se quer evitar. Para tanto, é fundamental que os trabalhadores consigam, primeiramente, admitir que o estresse existe, apropriar-se das suas causas, geralmente associadas à organização do trabalho e enfrentar seus efeitos de modo coletivo, trazendo benefícios para os trabalhadores e para a organização.”

 

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