Parto domiciliar é tema da primeira mesa-redonda da 11ª Semana da Mulher na Unicap
|O público se fez presente e lotou, na manhã desta terça-feira (5), o auditório G1 para participar da primeira mesa-redonda da 11ª Semana da Mulher na Unicap. O tema em pauta foi “Parto Domiciliar e a Autonomia da Mulher”. O evento teve como palestrantes a Dra.Leila Katz, Doutora em Tocoginecologia pela Unicamp; o Prof. Dr. Silvio Neves, do curso de Direito da Unicap; e a parteira e enfermeira Maria dos Prazeres. A mediação foi feita pela Dra. Delâine Melo. A solenidade de abertura contou com a participação de Genilson Pontes e Percy Marques, que estavam representando o grupo musical MPB Unicap. Ainda na abertura, o Pró-reitor Comunitário, Prof.Dr.Pe. Lúcio Flávio Cirne, em um breve discurso, contou aos presentes como surgiu a Semana da Mulher, e ressaltou a sua importância: “Queremos ser uma arena de conhecimentos, onde a mulher é a protagonista”. Ao final completou: “Que a voz da mulher seja ouvida, não só aqui na universidade, mas em todo o Nordeste”.
Em seguida, o Pró-reitor deu continuidade ao evento, passando a palavra para a Dra.Leila Katz, que durante toda a sua exposição apresentou argumentos e pesquisas que comprovaram que ocorre um melhor atendimento, tanto para a criança quanto para a mãe, quando o parto é feito em casa, e falou dos problemas causados nos partos cesarianos. A Dra Leila, que participou pela primeira vez da Semana da Mulher na Unicap, comentou sobre a importância de se divulgar, debater e aprofundar os temas acerca da mulher: “Essa homenagem que a Católica faz para todas as mulheres é de suma relevância, tem que se discutir e mostrar o quão importante é estudar melhor e debater sobre esses temas trazidos”. Já uma das organizadoras do evento, Juliana Teixera, professora de Direito do Trabalho da Unicap, pontuou como relevante estudar esses temas, dentro do universo acadêmico, promovendo então um debate interdisciplinar, fazendo com que mulheres e homens discutam juntos sobre os assuntos abordados.
Já o professor Silvio Neves mostrou seus pontos e argumentos jurídicos contra o parto domiciliar, alegando que esta prática pode provocar o falecimento da mãe ou do bebê. Já a parteira Maria dos Prazeres, em contraponto ao que foi falado pelo professor Silvio, afirmou que já realizou mais de cinco mil partos domiciliares e nunca teve nenhum óbito. Com 71 anos de idade, ressaltou que faz parte da quarta geração de parteiras na família e terminou seu depoimento emocionando a todos que estavam no G1: “É bonito ver um bebê chorar. Quando a gente chora, refrigeamos a nossa alma”. A 11º Semana da Mulher segue até esta sexta-feira (8), no auditório G1, do bloco G.