Boletim Unicap

Papa celebra Missa na Igreja de Jesus, na festa de Santo Inácio de Loyola

com informações da  Rádio Vaticana

Papa FranciscoCidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, nesta manhã de quarta-feira, na igreja de Jesus, em pleno centro de Roma, pela festa litúrgica de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

Tratou-se de uma Missa, em forma privada, como aquelas que o Papa celebra, todas as manhãs, na Capela da Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano.

Participaram da celebração Eucarística o Prepósito-Geral da Companhia de Jesus, Pe. Adolfo Nicolás, que fez uma saudação inicial ao Santo Padre, o Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Luis Ladaria, e cerca de 800 pessoas, entre Jesuítas, colaboradores, funcionários, representantes de duas Congregações de Irmãs de inspiração inaciana.

Em sua homilia, o Papa Francisco exortou seus confrades Jesuítas “a colocarem Jesus no centro de suas vidas e não a própria pessoa” e a seguirem Cristo na Igreja e com a Igreja:

“Ser homens arraigados e alicerçados na Igreja: assim Jesus nos quer. Não pode haver caminhos paralelos ou isolados, mas sim caminhos de busca e criatividade. Isso é importante: ir às periferias, às muitas periferias. Por isso, é necessária a criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com essa pertença que nos dá a coragem de ir em frente. Servir Cristo é amar esta Igreja concreta e servi-la com generosidade e espírito de obediência.”

O Santo Padre frisou que um Jesuíta procura Jesus, sabendo que Ele o procurou por primeiro e o conquistou. “Este é o coração de nossa experiência”, disse Francisco recordando o Jesuíta seqüestrado na Síria:

“Ser conquistado por Cristo para oferecer a este Rei toda a nossa pessoa e todo o nosso trabalho. Dizer ao Senhor de pretender fazer tudo para seu maior serviço e louvor, imitá-lo também no suportar insultos, desprezo e pobreza. Penso ao nosso irmão na Síria neste momento. Ser conquistado por Cristo significa estar sempre voltado para aquilo que está diante de mim, em direção à meta de Cristo e perguntar-se com sinceridade: O que eu fiz por Cristo? O que faço por Cristo? O que devo fazer por Cristo?”

O Papa sublinhou que sentimos o sentimento humano e nobre que é a vergonha de não estar à altura, olhando a sabedoria de Cristo e nossa ignorância, a sua onipotência e nossa fraqueza, a sua justiça e nossas iniqüidades, a sua bondade e nossa maldade:

“Pedir a graça da vergonha; vergonha que vem do constante diálogo de misericórdia com Ele; vergonha que nos faz enrubescer diante de Jesus Cristo; vergonha que nos coloca em sintonia com o coração de Cristo, que se fez pecado por mim; vergonha que coloca em harmonia o nosso coração nas lágrimas e nos acompanha na seqüela cotidiana do meu Senhor. Isso nos leva sempre, individualmente ou como Companhia, à humildade, a viver esta grande virtude; humildade que nos torna conscientes a cada dia de que não somos nós que construímos o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; humildade que nos impulsiona a colocar todo o nosso ser não a nosso serviço ou de nossas ideias, mas a serviço de Cristo e da Igreja, como vasos de argila, frágeis, inadequados e insuficientes, nos quais existe um imenso tesouro que levamos e comunicamos.”

Os Jesuítas são chamados, em diversos modos, a dar a sua vida pelos outros, como fizeram os dois ícones São Francisco Xavier e Padre Pedro Arrupe.

“Outro ícone que cito como exemplo é Padre Arrupe na última visita ao campo de refugiados, quando nos disse – o que ele mesmo dizia – ‘digo isso como se fosse o meu canto do cisne: rezem’. A oração e a união com Jesus. Depois de dizer isso, entrou no avião e chegou a Roma com o acidente vascular cerebral, que deu início ao seu pôr-do-sol longo e exemplar. Dois crepúsculos, dois ícones que nos fará bem olhar e nos voltar para eles e pedir a graça de que os nossos pores-do-sol sejam como os deles.”

Papa Francisco permaneceu na igreja de Jesus por cerca de duas horas. Depois da Santa Missa, visitou o quarto do Fundador da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola, na qual se deteve em oração; depois, permaneceu diante do relicário, que contém o braço de São Francisco Xavier, e diante do túmulo do Padre Pedro Arrupe, ex-Prepósito Geral e histórico “papa negro”, falecido há 20 anos.

Por fim, ao acender diante do altar uma lâmpada votiva, Papa Bergoglio se entreteve com seus coirmãos Jesuítas participando de um momento de convívio fraterno e festivo.

Ao término da celebração Eucarística, uma pequena multidão de pessoas, que se encontrava diante da igreja, na Praça de Jesus, aplaudiu o Pontífice com gritos de “viva o Papa”, enquanto um grupo entoava o canto “Papa, nós te amamos”. (MT/MJ)

print

Compartilhe:

Deixe um comentário