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Oca é inaugurada com a presença de indígenas da Amazônia

foto-1A 14ª Semana de Integração teve início nesta terça-feira (25), quando também foi inaugurada a oca, instalada no jardim do bloco G. A releitura de uma tradicional oca foi produzida pelos alunos do 4ª período do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unicap, junto com a BIOS, empresa de arquitetura e designer, que orientou os estudantes.

A intenção foi apresentar uma releitura contemporânea com características regionais, utilizando artifícios como redes, abajus, esteiras e a própria forma, criando um local de lazer, descanso e contemplação. “A ideia é criar sinergia entre as pessoas que trabalham na Universidade e a comunidade. Este ano, dentro da Semana de Integração, incorporamos a 1ª Semana de Estudos Amazônicos porque a gente sabe que essa região é importante para nós. Todo mundo fala que essa região é o futuro da humanidade, mas nós conhecemos muito pouco sobre ela. E, você só se apaixonada por aquilo que você conhece e que tem uma relação. Então, nossa ideia foi trazer um grupo de moradores, povos indígenas, os ribeirinhos, pessoas que trabalham com agricultura alternativa e pesquisadores, intelectuais que estão nos centros universitários tentando conhecer esta região e gostam dessa região, ter elementos para encantar os alunos que queiram trabalhar lá, conviver lá e, também, construir uma forma de vida que seja menos destrutiva, uma vida que seja menos consumista, uma vida que ajude a gente a avançar, crescer e, a gente não se perder nessa casa comum que é o planeta terra”, explanou o Padre Clovis Cabral, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Unicap.

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Antes de começar, um dos responsáveis pela BIOS, Isaac Filho, convidou a todos para sentir a obra realizada. O projeto, que teve como objetivo a releitura de uma oca, passou pela mão dos arquitetos Isaac Filho e Paulo Carvalho e, de 15 alunos do 4º período de Arquitetura e Urbanismo da Universidade.

img_0772Logo em seguida, o agricultor Juarez Amaral comentou sobre fazer parte dessa vivência. “Agradecemos a todos vocês pelo convite e por nos acolher de coração. A experiência nossa lá do Amazonas é diferente da daqui do Nordeste, mas acredito que tudo é trazido como experiência que a gente leva, um conhecimento a mais. E, também deixa o conhecimento que acredito que vocês vão ter”

 

 

Valéria Oliveira, estudante de arquitetura e urbanismo, comentou como foi importante botar a “mão na massa” e fazer parte de um projeto como esse. “Conseguir unir um trabalho manual em uma escala maior do que a gente trabalha normalmente com uma estrutura mais complexa, mais avançada e de futuro. Utilizamos programas complexos, mas, ainda assim, a gente conseguiu fazer isso manualmente utilizando coisas baratas como MDF, tecido e, o principal, termos feito isso tudo juntos”

“Estando no 4º período, até então, trabalhamos muito com maquete. Então, vim para uma estrutura desse porte, participar de todo processo de produção e, como eles nos guiaram em todo esse processo. Nos deixaram participar desde a concepção, desenho dessas celas, então, faz a gente sentir que a gente realmente participou, que isso aqui tem um pouquinho de cada um de nós, com certeza vai ficar com uma das experiências mais gratificantes da minha vida aqui na Universidade”, destacou a aluna Lissa Saruhashi.

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