Boletim Unicap

No fim do Outubro Rosa, professora da Unicap vence câncer de mama

O último dia do Outubro Rosa marca o fim da campanha pela prevenção ao câncer de mama em 2017 e o início de uma nova fase na vida da coordenadora de Graduação da Universidade Católica de Pernambuco. A professora Verônica Brayner passou dois meses e meio afastada do trabalho e retornou justamente hoje (31) curada da doença que, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), contabilizou 57.960 novos casos somente no ano passado. O câncer de mama é o mais comum nas mulheres no Brasil e no mundo. Vevé, como é mais conhecida entre os mais próximos, foi recebida com muito carinho e calor humano pelos amigos e colegas da Católica. Em meio a cheiros, beijos e abraços fraternos, ela celebrava a vida.

Verônica tomou um susto ao fazer exames de rotina em maio. Ela passou por três médicos que recomendaram cirurgia na mama esquerda. Estava tudo pronto para o procedimento, mas entre novos exames preparatórios uma quarta médica chamou a atenção para dois nódulos até então considerados inofensivos na mama direita. Eles mediam 0,6 mm, mas se tratavam de carcinomas agressivos. O susto, o apoio da família, dos amigos e a força tão importantes na superação dessa jornada você pode acompanhar num relato comovente e sereno de Verônica Brayner.

A descoberta – “Em maio eu fui para uma consulta de rotina e o médico me passou todos os exames. Eu nunca tinha tido nenhum indicador de nada na mama, mas ele me passou uma mamografia. Eu nem valorizei a mamografia porque eu tinha certeza que nada me acontecia até porque eu não tinha nem histórico na família, enfim…A mamografia foi o último exame que levei para ele. Ficava até no carro. Eu estava mais preocupada com outros exames. Foi quando deu um sinal de alerta na mama esquerda, deu algumas calcificações benignas. Eu ia fazer uma cirurgia para tirar essas calcificações e uma médica me pediu para ver dois nódulos que os médicos nunca disseram que poderiam ser perigosos. Quando eu estava às portas para fazer uma cirurgia, essa médica mais cautelosa descobre esses pequenos nódulos. Eu faço um exame, uma biópsia e dá um carcinoma nesses nódulos. Então foi aí que tudo mudou. Foi de fato um impacto muito grande. Abala a família, abala os amigos. Fui rapidamente tirada do meu cotidiano. Passei dois meses e meio fora.

O tratamento – “Fiz duas cirurgias. Vivenciei muitas coisas nos consultórios médicos. Essa doença é muito democrática. Atinge pessoas de todas as classes sociais, de todas as idades. Consultórios e clínicas  abarrotados de mulheres com a angústia da convivência com aqueles exames e com o tratamento que é difícil. Passei por duas cirurgias e consegui me curar. Estou voltando à Universidade depois de travar uma luta para me ver livre desse câncer no dia 31 de outubro, no final do Outubro Rosa.

A solidariedade – “O apoio da família, sobretudo das minhas irmãs, Vilma e Vera… o apoio das minhas amigas Catarina e Mariana… o apoio dos meus colegas que não dá pra nominar, os colegas da Universidade… o apoio imenso e intenso que me surpreendeu de colegas de todos os setores, de colegas funcionários, de colegas professores, dos gestores.. o apoio que tive e a solidariedade foram muito importantes. Você se sente acolhido. E essas pessoas acabam que, junto com a medicina, curando você. Eu me salvei muito de tudo isso graças a esse amor intenso.

A relação com a Unicap – “Confirmei o quanto a Universidade Católica de Pernambuco é importante para mim. Entrei como estudante em 1983 e, em 1987, quando me formei, passei apenas dois semestres fora voltando já como professora. Então, nesse tempo afastado, de exames muito doloridos, de muito sofrimento físico a alma ficou aquecida com a solidariedade dos meus colegas e, voltar para a Universidade neste último dia de outubro, realmente é comemorar uma vitória que não é só minha, é das pessoas que estiveram do meu lado, das minhas irmãs, das minhas amigas e fundamentalmente do lugar em que eu trabalho, do lugar que me revigora. Vi colegas fazendo campanha, recebi lírios, orquídeas, poesias, remédios naturais…a quantidade de recados das pessoas que não conviviam comigo…Se foi sofrido para o corpo, para a alma foi revigorante. Eu acho que saio melhor e volto muito bem disposta para o meu trabalho e para a boa companhia daquelas pessoas que, junto com os médicos, com a minha família, me salvaram.

A importância da prevenção – A prevenção é desconfiar do mínimo nódulo, optar por desconfiar é o melhor caminho. A medicina está muito avançada. O equilíbrio emocional é imprescindível e isso vem da família, do trabalho. O câncer foi totalmente retirado e hoje estou curada!!

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