Boletim Unicap

Mobilidade acadêmica em tempos de globalização foi o tema do 1° Evento Multicultural da Unicap

O 1° Evento Multicultural promovido pela Unicap, através da Pró-reitoria Comunitária, Coordenação de Intercâmbio e pelo curso de Letras, aconteceu nesta segunda-feira (5), no auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH). O destaque do evento, que teve como tema “A mobilidade acadêmica em tempos de globalização”, foram as palestras da Profa. Dra. Flávia Conceição F. da Silva, da Universidade Federal Rural de Pernambuco; do estagiário do Intercâmbio da Católica, Wagner Araújo, e do fotógrafo da Assecom, Paulo Airton Maia. Eles falaram sobre suas experiências com a cultura de países da América Latina, como o México e das tradições sobre a celebração do Dia do Mortos nesses países.

A abertura do evento foi feita pelo Pró-reitor Comunitário, Padre Lúcio Flávio Ribeiro Cirne, que deu as boas-vindas ao público e lembrou da importância de desenvolver um debate sobre outras culturas. Já a coordenadora do curso de Letras, professora Flávia Ramos, reforçou que “é interessante que o curso de Letras tenha sempre contato com os nativos da nossa língua, pois a multiculturalidade presente nesses países remete às nossas origens”, referindo-se à cultura dos países da América Latina.

A Profa. Dra. Flávia Conceição foi quem abriu as palestras falando sobre a “Interculturalidade hispânica”. De acordo com ela, existe uma questão de respeito e carinho entre as nações. “Viajei por alguns países, o Chile por exemplo tem o maior respeito pelo povo brasileiro. O Uruguai apresenta o maior valor à cultura indígena, o que infelizmente o Brasil ainda não tem. E na Argentina, cada vez mais é quebrado esse estereótipo de rivalidade com o nosso país”, enfatizou.

Em seguida, o aluno do curso de Letras Wagner Araújo falou sobre a experiência que está tendo como estagiário da Coordenação de Intercâmbio da Católica. “Como sou estagiário do Intercâmbio da Unicap, o contato direto com os alunos oriundos de países latino-americanos é muito grande. Particularmente, sempre tive muita admiração pela relação do povo mexicano com sua herança colonial”, comentou.

Por último, o fotógrafo da Assecom, Paulo Maia, mostrou o trabalho etnográfico que desenvolveu na comunidade indígena Huayacocotla no estado de Vera Cruz, no México. “Passei 3 anos desenvolvendo meu mestrado. Então, tive a oportunidade de produzir esse trabalho e o que pude perceber é que a particularidade e a importância do registro do Dia dos Mortos nessa comunidade mostra o modo deles olharem o mundo, não se tratando apenas de uma memória, mas de uma presença real dos falecidos, que vêm visitar seus amigos e familiares”, frisou. O trabalho do fotógrafo foi premiado em 1° lugar na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em um concurso nacional de fotografia etnográfica em 2011.

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