Boletim Unicap

Marcha e oficinas movimentam XII Semana da Mulher na Católica

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Mães reunidas no Espaço Loyola

Os mecanismos da exploração sexual e tráfico de pessoas na periferia das grandes cidades movimentaram a tarde desta quarta-feira (19) na programação da XII Semana da Mulher na Católica. As atividades foram direcionadas às mães de alunos do Liceu Nóbrega e também aos próprios estudantes.

O grupo Izaelma Tavares, formado em grande para por alunas do curso de Direito da Unicap, promoveu, no Espaço Loyola, dinâmicas para discutir questões de gênero e sexualidade com as mães dos estudantes. A violência doméstica também foi um dos enfoques.

Enquanto isso, no auditório do CTCH, a oficina tinha como público candidatos a representantes de turma dos ensino fundamental e médio do Liceu Nóbrega. Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos participaram ativamente da ação coordenada pela professora do curso de Direito da Unicap e advogada do Gajop, Valdênia Brito Monteiro.

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Ao final da atividade, camisas foram sorteadas

O debate começou a partir de um vídeo com depoimentos de vítimas, integrantes de ONG´s e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O documentário apresentou dados alarmantes. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o tráfico de pessoas movimenta por ano entre sete e nove bilhões de dólares no mundo. Já a Organização Internacional do Trabalho estima que 20,9 milhões de pessoas sejam vítimas desse crime.

A migração em busca de uma vida melhor em outra cidade, estado ou país foi apontada como uma das causas do tráfico de pessoas. A professora Valdênia destacou a proximidade deste tipo de crime. Raciocínio facilmente comprovado quando os jovens foram questionados se conheciam alguma atitude suspeita em suas comunidades.

Os relatos foram inúmeros. Em um deles, uma adolescente contou que uma colega chegou a receber proposta para trabalhar como modelo em São Paulo, com escola e custos bancados pela suposta agência. “Apesar de ser muito bonita, ela não tinha nenhum contato com este meio, nunca tinha feito nada na área. Por isso ela desconfiou e não aceitou o convite”, disse a estudante.

As soluções para combater o tráfico de pessoas e a exploração sexual foram apontados pelos próprios alunos. Desconfiar de propostas, buscar maior mobilização da sociedade e engajamento da mídia foram alguns exemplos. “A atividade foi bastante interessante e extremamente útil, principalmente para os jovens que estão em contato com as vítimas”, ressaltou Gabrielle Bittencourt, 17 anos, aluna do 3º Ano do Ensino Médio.

“Reunimos aqui possíveis lideranças entre os jovens que podem atuar como agentes multiplicadores de informação. Essa temática está muito perto da gente. Acredito que de forma lúdica e descontraída, nós conseguimos passar informações e conscientizá-los sobre algo tão grave”, analisou Valdênia.

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Marcha – No fim da tarde de hoje (19), as organizadoras da XII Semana da Mulher na Católica promoveram uma marcha pelo campus para chamar a atenção para a campanha Diga Não à Exploração Sexual . Alunas, funcionárias e professoras fizeram um ‘apitaço’ nos jardins da Biblioteca Central. No grupo, também havia homens engajados na causa. 

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