Boletim Unicap

Madrigal comemora os 61 anos da Unicap com show impecável

Uma noite para não ser esquecida. O público que lotou o Centro Cultural Padre Francisco Tavares de Bragança, quinta-feira (27), saiu extasiado com o recital “Un viaggio per il mondo dell opera”. Um presente do Madrigal Marlos Nobre aos 61 anos da Universidade Católica de Pernambuco, comemorados naquele dia.

Regido pelo Irmão Lindbergh Pires e tendo ao piano Alison Queiroz, o recital foi dividido em três partes. A primeira foi dedicada à ópera Lucia de Lammermoor, de Gaetano Donizetti. Como Rossini e Verdi, ao contrário de Beethoven e Wagner, Donizetti foi antes homem de ação que de reflexão. Capaz de originalidade em sua música, aceitava no entanto as convenções estéticas de seu tempo e nelas buscava inspiração, raramente tentando desbravar novos caminhos. Nas tragédias de Donizetti, encontramos, ivariavelmente, o coro introdutório à cavatina de apresentação da heroína, os encontros de apresentação, as separações dos amantes, as árias de loucuras.  Lucia de Lammermoor é, geralmente, considerada a obra-prima de Donizetti. Nela, a veia melódica brilhante sentimental ou trágica que constitui a originalidade de Donizetti encontra sua expressão mais livre e desenvolvida. É uma das mais extraordinárias peças de música dramática da história da ópera, apenas comparável em popularidade, no quadro da ópera italiana, ao quarteto de Rogoletto.

A segunda parte foi dividida em várias árias de óperas de diversos compositores, como Mozart, Händel, Verdi e Pucini. A terceira e última parte da apresentação foi dedicada à ópera Aída, de Giuseppe Verdi. Aída é uma ópera trágica em quatro atos. Sua estreia mundial aconteceu na Casa da Ópera, no Cairo, em 24 de dezembro de 1871. A obra foi composta por encomenda de Ismail Paxá (vice-rei do Egito) para celebrar a abertura do canal de Suez. O enredo baseia-se em uma história sugerida pela egiptóloga francesa Mariette Bey e redigida em francês por Camille Du Locle. Situada no Egito, tendo como cenário as cidades de Mênfis e Tebas, a ópera gira em torno do guerreiro egípcio Radamés e das duas mulheres que o amam: a princesa egípcia Amneris e sua escrava etíope Aída. A história tem início quando o sumo-sacerdote Ramfis informa a Radamés, capitão da guarda egípcia, que os etíopes cobiçam o Egito e diz a ele que, segundo a deusa Ísis, Radamés deveria comandar os exércitos egípcios para defender o território. Radamés sonha ser escolhido e idealiza uma volta vitoriosa da batalha para oferecer o seu triunfo à sua amada Aída. Amneris, filha do faraó, percebe a alegria do general e suspeita que o motivo de tanto ânimo não seriam somente os sonhos de glória no campo de batalha. Quando os conflitos entre Egito e Etiópia realmente começam, o faraó anuncia que Radamés realmente é o escolhido para comandar as tropas contra o exército invasor. Aída sente-se extremamente dividida entre seus sentimentos por Radamés e por seu pai e compatriotas que irão enfrentar-se em batalha. A partir daí, o público passa a acompanhar de perto uma emocionante história de amor, guerra e vingança.

O coro do Madrigal Marlos Nobre é formado pelas sopranos Nadjane Marques, Patrícia Maria, Josiane Emanuelle, Lidiane Maria e Monik Asmin; pelas contraltos Gilvânia Nascimento, Mônica Muniz, Isolda Maria, Andria Maria e Cristina Silva; pelos tenores Adonis da Silva, Sealtiel Maciel, Jurandir Dias Jr., Guilherme Silva, Joás Augusto e Bruno Silva; e pelos baixos Albery Lins, Luiz Gustavo, Fernando Almeida, Elizeu Aquino. Rodrigo Deodato e Tarsis Holanda.

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