Júri Simulado é destaque no primeiro dia do Católica In
|Já é tradição. Há doze anos a Unicap abre as portas para milhares de estudantes do ensino médio, no Católica In. É a oportunidade dos alunos de escolas públicas e privadas ficarem por dentro do mundo das profissões e do mercado de trabalho.
Neste ano, no primeiro dia de atividades, os estudantes acompanharam o dia a dia do aluno e do profissional do curso de Direito. O auditório G1 ficou lotado. Quem compareceu pôde acompanhar de perto um Júri Simulado, realizado pelos graduandos do 6º período de Direito da Unicap. Antes de simularem o processo que julga um marido acusado de envenenar a esposa, um vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação da Unicap deu as boas-vindas aos estudantes das mais variadas escolas do Recife e Região Metropolitana. Em seguida, foi a vez do poeta e ex-aluno da casa Antônio Marinho saudá-los com um repente. Após a declamação, o esperado júri.
O JÚRI
Júri é um procedimento que julga apenas os crimes dolosos contra a vida (consumados ou tentados). São os casos, por exemplo, do homicídio doloso, o homicídio privilegiado com eutanásia e o homicídio qualificado (quando a morte é provocada por motivo fútil ou torpe).
Um júri simulado funciona da seguinte maneira:
O caso representado no Católica In foi o do esposo acusado de matar a cônjuge com veneno. A expectativa pela didática do júri era grande, tanto pelos estudantes do 2º grau, quanto para os universitários. Foi a primeira vez que a turma do 6º período da noite atuou na simulação. Eles colocaram em prática a reflexão e o senso crítico a partir do que fora aprendido em sala de aula. “Eles estão vendo na prática como funciona um júri verdadeiro. Aqui se obedece rigidamente aos procedimentos do código de processo penal. Não é nada inventado. Não há nada que fira o processo legal”, explica o professor de processo penal da Católica, Alexandre Nunes. “É um momento realmente ímpar, porque os alunos de Direito saem da sala de aula e vai para um laboratório quase que verossímil. Eles estão vibrando”.
O público não só acompanhou atentamente o desenrolar do júri, como também participou dele. Foi o caso da estudante Bárbara Dominique. Voluntariamente, ela sorteou o júri popular, representado pelos próprios alunos de Direito.
Além de Bárbara, outros estudantes do ensino médio adoraram a experiência do júri simulado e da iniciativa da Universidade Católica de abrir as portas para o mundo das profissões:
O VEREDICTO
Foi decidido que ‘Elisabete Fernandes de Oliveira’ (nome fictício) faleceu vítima de um envenenamento, conforme laudo de perícia, e, por 6 votos a 1, o réu foi condenado por feminicídio, podendo pegar em torno de 27 a 28 anos de prisão.
“Na verdade, não houve vencedor nem vencido. Todos aqui venceram”, comenta o professor Alexandre. “Parabenizo tanto a defesa quanto a acusação, porque são alunos que demonstraram o desejo de aprender e demonstraram que estão aprendendo”, conclui.