Boletim Unicap

Le Monde entrevista Professor Gilbraz Aragão

Matéria editada a partir de texto do Professor Gilbraz Aragão
 

GilbrazO Prof. Dr. Gilbraz Aragão foi entrevistado pelo jornal francês Le Monde, um dos veículos de comunicação de maior credibilidade no mundo. A reportagem assinada pelo jornalista Nicolas Boucier fez parte de uma série especial sobre as cidades-sedes da Copa do Mundo da Fifa 2014. Intitulado Recife, la dévote o texto publicado em 27 de junho faz um relato da diversidade cultural, religiosa, étnica e econômica da capital pernambucana.

 

Gilbraz foi abordado a partir das atividades desenvolvidas por ele no Observatório Transdisciplinar das Religiões no Recife sediado na Unicap.  A matéria lembra a história de revoltas ocorridas no Recife, a pobreza e a sua capacidade  e de misturar culturas, crenças, tradições ibéricas, negras, indígenas, sem falar das holandesas e tantas mais que aqui aportaram. “… Sobre esse terreno de problemas não resolvidos, esses inchamentos urbanos e sobre um empilhamento de estratos sucessivos foi que essa cidade portuária fez a sua cama”, diz um trecho do texto.

 

A reportagem também relembra a visita da filósofa francesa Simone de Beauvoir ao Recife em 1960. “É aqui que começa a viagem ao Brasil. A história que ela conta em La Force des choses (1963) abre com as suas impressões vistas do avião, antes mesmo de aterrissar: ‘os canais, pontes, ruas retas, colinas, em uma colina uma igreja portuguesa, palmeiras’.”

 

“Meio século depois, a impressão não mudou. Igrejas têm-se multiplicado. A urbanização da cidade foi mesmo acompanhada por uma diversidade religiosa incrível.  Para onde quer que se olhe, você vê aqui um edifício religioso, um lugar de devoção”, descreve Bourcier.

 

“A cidade registra dois fenômenos novos: o aumento do número de adeptos do espiritismo de Allan Kardec, principalmente entre as novas classes médias, e o avanço, com 225 mil pessoas declaradas, dos  sem religião:  compreende aqueles que não se reconhecem em uma religião ou em uma filiação precisa, mas que tem uma fé, uma crença, muitas vezes sincrética e múltipla”, explica um trecho de declaração dada por Gilbraz ao Le Monde.

 

A reportagem menciona ainda Dom Helder Camara, as religiões afro-brasileiras. A versão na íntegra pode ser lida no link http://www.slideshare.net/GilbrazArago/recife-36944583

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