Instituto Humanitas Unicap promove dia de solidariedade e convivência
|Com informações de Arthur Peregrino – IHU
O grupo Amigos no Caminho, ligado ao Instituto Humanitas Unicap, promoveu uma visita ao Sítio Porteira 2, na Zona Rural de Pombos, no Agreste do Estado. A atividade teve a intenção de proporcionar uma experiência de solidariedade e vivência comunitária a professores, alunos, funcionários e amigos da Católica.
A ação já faz parte do calendário do grupo e, a cada semestre, promove esse tipo de encontro em diferentes comunidades. “Semestre passado foi a vez de visitar as aldeias indígenas do povo Pankararu que vive entre as serras e brejos no sertão pernambucano, próximo às margens do Rio São Francisco”, relembra o professor Artur Peregrino, que coordenou a caminhada e faz parte do IHU.
O local visitado no último dia 12 de outubro faz parte de uma propriedade do professor de matemática Vicente Francisco, do Centro de Ciência e Tecnologia da Unicap. “Ele nos acolheu de forma esplêndida. Aliás, toda a comunidade fez uma acolhida efusiva manifestada em uma dúzia de fogos soltos em frente a capela expressando seu contentamento com nossa visita”, conta Arthur.
Ainda de acordo com ele, a comunidade tem uma história de resistência porque é marcada pelos remanescentes dos Quilombos. “Há uma história de resistência à escravidão manifestada sob diferentes modelos de organização, formação e estratégias, demonstrando quão diversas foram as formas encontradas pelos grupos familiares a tempos ido. Às vezes, uma das formas de resistência é o silêncio”, analisa Arthur.
O pesquisador explica ainda que esses grupos deram origem a comunidades com regras particulares, religiosidades próprias, formas distintas de economia, alianças, redes de proteção e sociabilidade, numa constante negociação por liberdade, que viria a definir a diferença étnica e política deles.
“O dia foi de convivência e aprendizado para todos que viram que é nessa história de longa duração que Pernambuco e o Brasil se insere. A convivência no sítio foi rica em humanidade. A partilha do meio do dia foi com frutos do próprio sítio: milho, feijão, verduras e frutas. Por fim, restou-nos o aprendizado de uma convivência capaz de resultar numa vida mais satisfatória visando sempre o bem maior”, finaliza Arthur.